sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Então, Abandonado...

Quem teria coragem de abandonar uma criança em uma floresta? Um ato horrível, não é? 
Abandonar um animal de estimação é tão terrível como abandonar uma criança.
Que tipo de integridade tem um ser humano que adota um animal de estimação mas que no fim, por motivos que acredita serem justos, o atira em meio a selva de pedras da cidade?
Animal Protection Amsterdam fez um vídeo comovente e reflexivo sobre esse fato. De trilha sonora lúdica e enredo bem elaborado,  é levantada a questão: "como seria se fosse o outro lado da moeda? Você teria coragem?"
No final, o alerta: "Todo ano 150.000 pets são abandonados" e "Pense duas vezes antes de levar um bichinho para casa"


Referente as indagações sobre animais terem sentimentos, o jornalista e biólogo Klaus Wilhelm, sustenta: "Pessoas que acreditam nos sentimentos dos animais em geral são acusadas de antropomorfismo - atribuição de características humanas a seres não-humanos. Contudo, após anos ignorando ou desprezando o que os amantes dos animais de estimação sustentam há muito tempo, a ciência finalmente começa a acreditar que, se não todos os bichos, ao menos os mamíferos apresentam alguma forma de emoção." (Para ler na íntegra, clique aqui.)




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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

De Conto de Fadas a Melodias - Alexander Rybak



Alexander Rybak é um cantor, violinista, compositor e ator norueguês.
A música na vida de Rybak faz-se presente ainda no ventre materno: sua mãe e seu pai são músicos famosos na Noruega, o violinista Igor Alexandrovich Rybak e a pianista Natalia Valentinovna Rybak. 
Com apenas cinco anos de idade, Rybak iniciou suas lições de violino, instrumento pelo qual anos mais tarde se especializou.
Mas a revelação do talento de Alexander Rybak sucedeu-se quando em 2009, no Festival Eurovisão da Canção, quando atingiu uma pontuação recorde de 387 pontos, a maior de toda a história da Eurovisão até à data com a canção de sua autoria Fairytale, conquistando o primeiro lugar.
Esse fato proporcionou que o talento e mestria musical de Rybak fosse reconhecida por toda Europa e outros países do mundo.
As melodias de Rybak transitam pela dimensão contemporânea mesclando-se ao estilo folclórico e clássico. Arranjos de violino são uma forte marca nas suas composições, entretanto, outros instrumentos também são valorizados em suas harmonias por vezes complexas.
A textura das músicas de Alexander Rybak é mágica. Elas lembram os contos de fadas, emanam o perfume dos campos do norte da Europa. São sutis, suaves, porém, algumas  vibrantes. Escutar o trabalho desse artista é aventurar-se no universo místico da mitologia, entrelaçado com histórias de amor.



Gostou?! Então, acesse:


(Imagem retirada do site Google)

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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A Pintora do Brasil - Tarsila do Amaral


Tarsila do Amaral foi uma pintora e desenhista brasileira, uma das personagens centrais no campo da pintura durante o Movimento Modernista Brasileiro, ao lado de Anita Malfatti.
Durante a infância, Tarsila teve uma valorosa educação, tendo forte contato com a cultura européia que se refletiria mais tarde ao completar seus estudos em Barcelona, na Espanha.
Aprendeu a pintar em 1917, alguns anos após ter se separado do primeiro marido. Teve como primeiro tutor Pedro Alexandrino Borges, após algum tempo partiu para Paris onde estudou na Academia Julian e na Academia Emile Renard.
Apesar de ter tido contato com muitas vanguardas, a alma Modernista de Tarsila somente começou a florescer após retornar ao Brasil, em 1922. Em uma confeitaria paulistana, foi apresentada por Anita Malfatti aos modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Esse encontro transformou a forma de olhar de Tarsila, abrindo-lhe novos horizontes. O "Grupo dos Cinco", como eram chamados, agitou culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências.
Tempo depois, na companhia de Oswald de Andrade, Tarsila retorna a Paris e inicia aulas de pinturas com cubistas, como Fernand Léger. No ano de 1924 retorna ao Brasil e, em uma viagem por Minas Gerais, Tarsila, segundo consta suas palavras, descobre as cores de sua infância e que viriam a se tornar a marca de suas obras.
"Encontei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, ..."
Esse incidente influencia drasticamente em sua arte, ela passa a usar essas tonalidade e a pintar paisagens e elementos puramente brasileiros. Tarsila afirmava almejar ser a pintora do Brasil. E esta fase da sua obra é chamada de Pau Brasil.
Foi com a criação do quadro 'Abaporu', um presente da artista a seu marido, Oswald de Andrade, que Tarcila entra na fase Antropofágica. Nesta etapa os laços do Movimento Modernita são fortalecidos. Oswald inspirado em Abaporu escreve o Manifesto Antropófago e fundando o Movimento Antropofágico, que tinha como norte deglutir, engolir, a cultura européia, que era vigente na época, e transformá-la em algo essencialmente brasileiro.
Em 1931, a bela artista, já separada de Oswald e morando em Moscou, vive sua fase Social e Neo Pau Brasil, na qual suas telas são tingidas pela temática do operariado. Entretanto, tal fato não cria raízes profundas, Tarsila abandona tal tema e regressa ao Brasil, onde trabalha por um tempo como colunista nos Diários Associados por muitos anos.
Tarsila participou da I Bienal de São Paulo em 1951, teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, e participou da Bienal de Veneza em 1964.
A pintora finda seus dias em São Paulo, morrendo com 86 anos; deixando profundas mudanças na arte, no pensamento e no jeito brasileiro.


Manteau Rouge (1923)

Negra (1923)

Carnaval em Madureira  (1924)

Abaporu (1928)

A Lua  (1928)

Operários  (1933)



Fontes:
http://www.tarsiladoamaral.com.br




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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Into The Night

Into The Night é o título de uma das canções de Chad Kroeger e Santana . Uma de minhas músicas favoritas, de ritmo vibrante, sensual, tocante. E os solos de guitarra de Santana são simplesmente deslumbrantes.
O vídeo gravado para essa canção também é muito bacana. A fotografia, cenário e figurino são dez e um roteiro bem elaborado. Vale a pena conferir.




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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Poema dos Opostos


Você me congela
e eu me derreto.


Você me apela
e eu me esqueço.


Você me atropela
e eu me acabo.


Você me seca
e eu me enterro.


Você me acompanha
e eu me devoro.


Você me entrega
e eu me condeno.


E eu... e eu te peço um abraço
e você me foge pelos meus braços.
Enquanto, imploro um pedaço de consolo
e você me esquece na imensidão do espaço.


E depois de tudo, eu ainda com o resto
das forças; sussurro esse simples gesto: te espero.


(Eduardo Nagais)



Gostou? Então, acesse:
http://nagaiver.blogspot.com/


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domingo, 18 de setembro de 2011

Perpetuum Mobile

Perpetuum Mobile. Foto: Michelle Buss

Coisas mágicas acontecem na Irlanda, especialmente nas ruas de Dublin... Noite dessas eu estava caminhando em uma famosa rua daqui, The Temple Bar, quando meus ouvidos captaram um som fenomenal.
Guiada por esse fato deparei-me com o conjunto Perpetuum Mobile: Peter tocando o contrabaixo, Tomas fazendo a base de violão e John os solos de guitarra.
O nome Perpetuum Mobile (Movimento Perpétuo) faz referência ao ao conceito musical de, pedaços ou partes de músicas caracterizados por um constante fluxo contínuo de notas, geralmente de um ritmo rápido. Ou, peças inteiras ou grandes partes de peças que são reproduzidas repetidamente, muitas vezes, em números indefinidos.
As composições do grupo Perpetuum Mobile são embaladas por um estilo contemporâneo, despojado, com traços da cultura local mesclados com a de outros países.
Perpetuum Mobile é mais uma das jóias da Irlanda que tive o prazer de conhecer. Perpetuamente ficará em minhas mais agradáveis lembranças!




Gostou?? Então, acesse:

http://www.myspace.com/alkofront
http://www.facebook.com/pages/Perpetuum-mobile/253417101343198


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sábado, 17 de setembro de 2011

Show do Grupo Voz - Fúria Marina



Arma-te de teus versos e vem!

Para mais informações, acesse:
http://grupovoz.com.br/ 



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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A Arte Imita a Vida - Alexa Meade

Alexa Meade é o tipo de artista que resolveu quebrar os parâmetros da arte e abordar um novo conceito.
Num olhar superficial ao trabalho dessa americana, acredita-se que são quadros expressionistas. Entretanto, quando contemplados com mais atenção percebe-se o jogo da tridimensionalidade  combinado à camuflagem: não são imagens; são pessoas!
Meade revolucionou a dimensão do bodypainting através de instalações que adaptam os objetos as formas em questão, a artista cria uma verdadeira tela viva. Ela ajusta a realidade a seu modo de ver o mundo. Através de uma técnica desenvolvida pela artista a tridimensionalidade perde um de seus campos para se converte em uma figura bidimensional, uma trama ilusória ao espectador.
O nome de seu atual projeto é "Trompe l'oeil" fazendo referência ao lema "a arte imita a vida". Meade, nessa coleção, utiliza-se de muita tinta acrílica que constrói a ideia de uma máscara em cima dos objetos que pinta. Uma máscara que cobre e também protege, sem alterações ou danificações a essência desses objetos .
Conforme a artista: "Os modelos que utilizo são transformados em personificações da interpertação do artista, da sua essência. Quando vemos uma fotografia ou vemos a instalação pronta, as pessoas que estão por trás do trabalho desaparecem, eclipsadas pelas suas próprias máscaras". 
Então, indago-me: quantas coisas que vemos e acreditamos que são reais mas que, talvez, não passem de uma armação ilusória? Talvez a gente só chegue a contemplar as máscaras e não o âmago...














Gostou? Então, acesse:
http://www.alexameade.com/

(Imagens retiradas do site Google)


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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A Ave do Paraíso - Apus


Apus ou a Ave do Paraíso, é uma pequena constelação situada no hemisfério celestial sul.
Apus é uma palavra grega que tem como significado 'sem patas', fazendo referência ao mito grego sobre pássaros que pareciam não ter os pés durante o vôo. 
Outra relação com seu nome provém de Apus Indica, forma como se chama a Ave do Paraíso da Índia. Conta a história que estes lindos pássaros eram oferecidos aos europeus, todavia não sem antes que suas feias patas fossem cortadas.



Apesar de pequena e vista apenas do hemisfério austral, Apus revela sua singela e nobre beleza, tal qual a Ave do Paraíso - jogo de cores, de luz, de tons que enfeitam a esfera celeste, que abrilhantam o vazio e a escuridão.



Fontes:

http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/10530751/No-conoces-las-constelaciones-Apus-y-Antlia_-Entra_.html
http://pegaso1701.blogspot.com/2011_07_01_archive.html

(Imagens retiradas do site Google)


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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Janela da Alma


Janela da Alma, documentário de João Jardim e Walter Carvalho, é para mim uma verdadeira obra prima.
Este trabalho é composto de 19 depoimentos de pessoas com problemas visuais. A ideia brotou da vivência do diretor João Jardim, da sua convicção de que a miopia teria influenciado de forma determinante na sua mudança de personalidade e mesmo em sua vida.
Mas o que supercialmente parece ser uma reflexão sobre o tema da visão, o ato de ver e a forma com que as pessoas que portam algum problema visual a encaram, transcede, vai além disso.
O filme tece profundas reflexões sobre a visão, transita na dimensão abstatra e mesmo poética, científica, socail e filosófica sobre a questão "o que é realmente enxergar?".
Será que não somos cegos? Vivemos em um estado de cegueira? Conforme aborda Saramago, traçando pontos com seu livro 'Ensaio sobre a Cegueira', já somos cegos, devido a total desordem que  assombra o mundo.
Ou quem realmente pode afirmar que aquilo que vemos é real? E de quantos ângulos pode se ver um objeto e quantos deles contemplamos? E quem garante que nossos olhos físicos sejam realmente nossos verdadeiros olhos?
Todos esses motes são explanados ao longo dessa produção que conta com o depoimento de artistas, intelectuais e pessoas comuns da Europa e do Brasil. Tudo é embasado de um ponto de vista pessoal conectado à filosofia, à medicina, à biologia, à música e à literatura. Todas essas áreas interagindo na busca de repostas sobre o que é a visão.
Janela da Alma é um documentário fantástico, instigante, luminoso.



(Imagem retirada do site Google)

Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/critica/ult569u741.shtml

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Poeta e Amante - Pablo Neruda



Pablo Neruda foi um importante cônsul e poeta chileno, uma das maiores vozes da literatura de língua castelhana do século XX.
Neruda nasceu em Parral, filho de um operário ferroário (José del Carmen Reyes Morales) e de uma professora primária (Rosa Basoalto Opazo), morta quando Nerudo tinha apenas um mês de vida.
Pablo Neruda é na verdade o pseudônimo de Ricardo Eliecer Neftalí Reyes Basoalto, que foi adotado por esse em sua adolescência , inspirado no escritor checo Jan Neruda. Pseudônimo que seria utilizado durante toda a sua trajetória vida  e que, mais tarde, o tornaria seu nome legal após ação de modificação de nome civil.
Desde de muito jovem Neruda revelara seu talento: com apenas 17 anos, enquanto cursava pedagogia em francês na Universidade do Chile, Pablo Neruda obtém seu primeiro prêmio na festa de primava, com  "A Canção de Festa", marcando assim o início de uma brilhante caminhada literária que, no ano seguinte, tornaria-se mais evidente com a publicação de ‘Crepusculário' e logo após com “Vinte poemas de amor e uma canção desesperada”,exaltando uma forte marca do modernismo.
Em 1927, Neruda dá início a sua carreira diplomática. Tal fato concede ao poeta uma nova visão de mundo a qual seria transportada a sua obra literária. As viagens de Neruda o permitiram conhecer inúmeras e importantes pessoas do universo cultural - em Buenos Aires, conheceu Garcia Lorca, e em Barcelona Rafael Alberti.
A política na vida de Neruda também marca sua poética em duas vertentes: uma lírica, angustiada e apaixonada; outra com versos de cunho político e, em alguns momentos, com características épicas.
A obra lírica de Neruda é tingida por acentuada emoção e humanismo. Amor, mulheres, o mar, a esfera celeste, a natureza são muito presentes nos seus versos. Aliás, amor e mulheres são marcantes -  poemas sensuais, transcendentes, instigantes, por vezes enigmáticos e reflexivos.
Neruda era não apenas poeta, era amante. As mulheres de sua vida contribuíram, inevitavelmente, com sua habilidade em tratar de temas românticos com tanta intimidade, de forma tão inflamada, até a exaustão. Sua escrita é plena de imagens vívidas, sensoriais, táteis.
A metáfora, foi a figura de linguagem mais utilizada em sua obra - Neruda era um mestre em construção de metáforas.

No ano de 1971, seu livro autobiográfico 'Confesso que Vivi' foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura.

"... Deixa que o vento corra, coroado de espumas, que me chame e me busque galopando na sombra, enquanto eu, mergulhado nos teus imensos olhos, nesta noite imensa, descansarei, meu amor..."

No mesmo ano que Neruda consquista o Nobel, também lhe é conferido o Prêmio Lênin da Paz.
A obra completa de Pablo Neruda reúne mais de 40 livros, escritos entre 1923 e 1973.



Poema XLIV

Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desafortunado.

Meu amor tem duas vidas para amar-te. 
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.


(Retirado de: Cem sonetos de amor)
 




Fontes:
www.fundacionneruda.org/
http://www.suapesquisa.com/biografias/pablo_neruda.htm
http://amediavoz.com/neruda.htm
http://educacao.uol.com.br/espanhol/ult3324u33.jhtm


(Imagens retiradas do site Google)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Das batalhas...

Por mais que na batalha se vença a um ou mais inimigos, a vitória sobre a si mesmo é a maior de todas as vitórias.  

(Siddhartha Gautama)




quarta-feira, 7 de setembro de 2011

SOU DE QUALQUER LUGAR

Mesmo estando aqui em Dublin, rodeada de coisas lindas, é impossível esquecer meu país. País esse que amo e admiro. País que abriga em seu peito diferentes culturas, matizes, expressões... Por isso hoje, não poderia deixar de fazer minha pequena homenagem... Assim, divido com vocês a música "Sou de qualquer lugar", cantanda por Daniela Mercury. Afinal, acredito que vivo isso: sou de qualquer lugar, mas carrego em mim, minha nação!





SOU DE QUALQUER LUGAR

Sou de qualquer lugar
Eu sou minha nação
Tenho somente o sonho
E o mapa do mundo em minhas mãos
Por onde eu passar
Vão lembrar de mim
Finco minha bandeira
Eu sou brasileira, eu nasci assim
Eu nasci pelas mãos de Janaína
Eu cresci aprendendo a me virar
Minha mãe fez milagre, e eu menina
Vi o peixe e o pão multiplicar
Eu sou meio Saci, Macunaíma
Tenho o sangue guerreiro de Zumbi
Com Dadá de Corisco eu aprendi
A cruzar meus desertos e sertões
E dos Santos, Drumont, dos aviões
O direito sagrado de ir e vir
Sou de qualquer lugar
Eu sou minha nação
Tenho somente o sonho
E o mapa do mundo em minhas mãos
Por onde eu passar
Vão lembrar de mim
Finco minha bandeira
Eu sou brasileira, eu nasci assim
Sou martelo na mão de Aleijadinho
Esculpindo a queimada de Krajzberg
Eu sou as reinações de Narizinho
Sou Lobato engolindo Gutemberg
Salve Cícero padre, meu padrinho
Pela areia que vaza na ampulheta
Desde o tempo em que a terra era perfeita
Sem fronteiras, primeiro e nem segundo
Lá do Sol...sou do tal terceiro mundo
Igualzinho a qualquer um do planeta



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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Amor, Lealdade e Amizade: Claddagh




Claddagh é o nome de um  vilarejo de pescadores situado fora dos muros de Galway na costa oeste da Irlanda. Mas o que torna Claddagh tão famosa não é a vila em si, mas a lenda por traz de um anel cujo o significado tem extrema importância.
Conta a lenda que há mais de 400 anos, na pacata Claddagh, viveu um mestre joalheiro chamado Richard Joyce. 
Antes de tornar-se mestre na arte das jóias Joyce foi pescador. Certo dia, enquanto pescava, o barco de Joyce foi capturado por piratas e seus tripulantes vendidos como escravos a um rico joalheiro Turco. Mas o infortúnio de Joyce não foi apenas a sua captura: exatamente naquela semana ele iria contrair matrimônio com a mulher que amava.
Os anos se passaram e não aconteceu o casamento. Joyce, com o tempo, tornou-se exímio artersão. Sem jamais esquecer sua amada, ele fez um anel de ouro para ela, onde no centro havia um coração que representava o amor, uma coroa que significava lealdade e nobreza e duas mãos representando a amizade.
Transcorrido oito anos Joyce finalmente consegui escapar de seus raptores e então retornar a sua vila. Lá, para sua felicidade, ele descobriu que seu amor nunca perdera a esperança do reencontro. Assim, ele deu o anel que tinha forjado a sua dama e finalmente se casaram.
Dessa forma o anel acabou convertendo-se em um símbolo relevante e carregando consigo o nome da pequena vila.  O anel Claddagh faz parte de um grupo maior de anéis chamados Fede (do italiano 'mãos na fé' 'mãos na lealdade'), cujo design era o de duas mãos se tocando, simbolizando fé, comprometimento e verdade, e que remontam aos antigos romanos.
Conforme consta a tradição tecida, se o anel é usado na mão direita, com a coroa de cabeça para baixo (invertida) significa que a pessoa que o usa é descomprometida. Se usado ao contrário, significa algum comprometimento.
Se o Claddagh é usado na mão esquerda, com a coroa apontando em direção aos dedos das mãos, o coração dela é totalmente comprometido com alguém.

Sozinho(a) : mão direita ponta do coração sentido ponta dos dedos 
Namoro :  mão direita ponta do coração sentido do pulso 
Noivado :  mão esquerda ponta do coração sentido ponta dos dedos
Casado(a) : mão esquerda ponta do coração sentido do pulso.

É verdade que para muitos, nos dias de hoje, esse anel não tem nada demais, não passa de um bem contado conto de fadas; ou então, de uma bela jogada de marketing. Realmente, numa sociedade que limita os relacionamentos ao sexo, ao dinheiro, à consquista e ao prazer, esse símbolo não tem sentido algum. Mas apesar de tudo, o Claddagh está aí, permanecendo intacto ao decorrer do tempo, ostentando seu significado: amar nobremente alguém que você partilha laços de amizade, confiança e lealdade. Não é um amor romântico ou fantasia, é um amor genuíno e sincero.






Fontes:

http://osparadoxos.blogspot.com/2009/05/anel-de-claddagh.html

http://www.joiabr.com.br/artigos/nov06.html


(Imagens retiradas do site Google)


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domingo, 4 de setembro de 2011

Guerreira e Santa: Joana d'Arc - Guerreiras, Cap. 8




Joana d'Arc é considerada uma das mais ilustres mulheres guerreiras do ocidente.
Jeanne d'Arc (Domrémy-la-Pucelle, 6 de janeiro 1412 — Ruão, 30 de maio 1431), por vezes chamada de 'Donzela de Orléans', era filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romé.
Nasceu numa singela casa de camponeses e foi criada e educada para converter-se em uma boa esposa. Além disso, não recebera qualquer outro tipo de educação e era praticamente uma analfabeta.
Quando Joana completou seus treze anos de idade, passou a ouvir vozes divinas: Miguel Arcanjo, Santa Catarina e Santa Margarida. Essas vozes falavam-lhe sobre seu destino de salvar a França dos ingleses.
Este incidente ocorreu no ápice da Guerra dos Cem Anos, conflito entre as monarquias francesa e inglesa que se iniciou em 1337 e teve fim em 1453.
A jovem guerreira tinha apenas 16 anos de idade quando, seguindo os conselhos das vozes santas, decidiu que iria coroar o rei (Carlos VII, o Delfim). Ela tinha a convicção de que a paz só ocorreria quando a França viesse a se tornar mais forte e o Delfim recebesse a coroa na catedral de Notre-Dame de Reims, conforme a tradição.
Assim, guiada por esse ímpeto a jovem convenceu seu padrinho, um soldado aposentado, a levá-la até o nobre Roberto de Baudricourt, chefe militar e senhor local. Ela tentou persuadir o nobre a conceder-lhe um exércido, fato que não se concretizou num primeiro momento, mas que mais tarde, devido sua popularidade, coragem, força  e os juramentos de lealdade que os soldados lhe fizeram, não deixou alternativas a Roberto.
Trajando roupas masculinas, Joana e seus cavaleiros atravessaram as terras dominadas pelos inimigos até chegar a Chinon, local onde se encontrava Carlos, o Delfim.
No encontro com o futuro rei, a jovem moça já dispunha de enorme popularidade, entretanto, temeroso quanto a reputação de Joana, Carlos decidiu pô-la a prova: disfarçou-se de nobre e pôs-se a ficar em uma sala cheia deles. Segundo consta a lenda, a jovem guerreira guiada pelas vozes santas, sem jamais ter antes visto o futuro rei, o encontrou e curvou-se diante dele e, então disse-lhe: "Senhor, vim conduzir os seus exércitos à vitória."
Convencido quanto ao caráter e nobreza de Joana, Carlos entrega-lhe uma espada, um estandarte, suas bençãos e o comando das tropas francesas, com o objetivo de libertar a cidade de Orléans, que havia sido invadida pelos ingleses.
Comandando um exército de 4000 soldados a jovem guerreira consegue sua primeira vitória sobre o inimigo. Após uma série de embates, enfim, em julho de 1429, Carlos teve sua coroação na Catedral de Notre-Dame de Reims. Dessa forma, Joana conquistara seu objetivo maior.
Todavia, Paris ainda era controlada pelos inimigos, deixando o poder de Carlos VII instável. Assim, mais uma vez Joana tinge os campos de batalha com sua figura, só que dessa vez, ela não obteve sucesso. Inicialmente ferida por uma flecha em seu peito, fez com que o exercito recuasse... passado algum tempo de sua recuperação, Joana investe suas tropas na cidade  Compiègne. Nessa cidade a jovem guerreira foi derrotada e capturada, e então vendida a coroa inglesa que a submeteu a um tribunal de inquisição.


Bruxa e herege foram algumas das acusações de ordem religiosa que fizeram Joana ser levada à fogueira. No dia de sua execusão ela trajava um vestido branco e tinha apenas 19 anos. Suas cinzas foram jogadas no rio Sena com a finalidade de não serem objeto de adoração pública.
Anos mais tarde, em 1456, Joana foi considerada inocente pelo Papa Calisto III, e em 1909 a Igreja Católica autoriza sua beatificação vindo a se converter na santa padroeira da França.
Joana é o arquétipo da mulher guerreira e santa, ela foi a única pessoa registrada a comandar o exército de uma nação com apenas dezessete anos.

A fama de Joana d'Arc atravessou os tempos e transformou-se em temas de romances, teatro, games e filmes. Abaixo, dois trailer de duas versões da história de Joana d'Arc. A primera é a versão canadense e a segunda a americana.








 A próxima grande guerreira a ser aprensetada será Tomoe Gozen.
 

(Imagens retiradas do site Google)

Fontes:

http://www.joana-darc.net/

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Envolventes Melodias - Robert Delaney



A Irlanda não me proporcionou que eu conhecesse apenas lugares fantásticos. Aqui, além de estar rodeada de uma natureza exuberante, de uma arquitetura, cultura e folclore magníficos, pude também ter contato com a música produzida nesse país.
E um dos artistas que tive o grande prazer de conhecer seu trabalho chame-se Robert Delaney.
Robert Delaney é cantor, compositor e letrista natural da cidade de Dublin. Apaixonado pela música desde criança, Delaney, precocemente começou a escrever poesias e canções. Entretanto, faz pouco tempo que o artista trouxe suas obras a público, gravando no ano de 2010 seu primeiro trabalho, 'Lilies For My Sweetheart'. Suas composições tem influências de rhythm & soul, folk e blues.
Particularmente gostei muito de suas canção. São melodias penetrantes, envolventes, por vezes dolente, aveludadas. E tudo isso embalado ao som de sua linda voz. Uma voz que por vezes é quase um sussurro, instigante; por outras, levemente rouca, rebelde e sensual. Eu diria: combinação perfeita!


Never Knew

A once in a lifetime kind of love
How could we let that fall apart
To see how mighty we can be
Yet how fragile we really are

I never knew a love like that before
And so it goes the more you get has you only giving more
I never knew a flame could burn so cold
I just put my faith in the hands of love to see what would unfold.


See how seasons trade their secrets
Just as flowers bloom
Can't find no answers in my waking day
But there's mercy in that moon

I never knew a love like that before
And so it goes the more you get has you only giving more
I never knew a flame could burn so cold
I just put my faith in the hands of love to see what would unfold.


The power of the words we say
Can't ever be taken away
Something gets lost or so it seems
But I still believe in that dream
A once in a lifetime kind of love
How could we let that fall apart.




Gostou? Então, acesse:
http://robertdelaneymusic.com/


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