sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Curtindo Porto Alegre - Agenda Colaborativa da Cidade


Em conversas com amigos, especialmente aqueles que tem algum envolvimento com arte, sempre discutíamos o quão interessante seria se existisse um site que divulgasse os eventos que acontecem na cidade de Porto Alegre. Esse site funcionaria como uma verdadeira agenda, aonde o internauta iria pesquisar, de acordo com a área de interesse, os eventos do momento.
Muito tempo depois, fiquei feliz em saber que existe um espaço virtual com essa finalidade, o Curtindo Porto Alegre. Com um layout super despojado e funcional, pode-se ficar sabendo sobre o que acontece ou está por acontecer em Porto Alegre. Um ponto super bacana é que a agenda é colaborativa, ou seja, qualquer cidadão poderá publicar e divulgar eventos!
Conforme as palavras do Curtindo Porto Alegre:

Curtindo Porto Alegre, é uma agenda colaborativa criada pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, onde qualquer cidadão poderá publicar e divulgar eventos de interesse público na cidade. Aqui você vai ficar por dentro do que rola sobre Artes, Cinema, Comunidade, Educação, Esportes, Feiras, Gastronomia, Meio ambiente, Música, Noite, Teatro, Tecnologia, Turismo.
Este novo espaço virtual tem por objetivo gerar um amplo mosaico das agendas culturais, esportivas, turísticas e educacionais que acontecem em Porto Alegre, reunindo em um só lugar os principais acontecimentos. O bacana é que você vai poder postar um evento, escolher um programa, curtí-lo, compartilhar com seus amigos e ainda ficar por dentro do que está acontecendo na cidade.
Na página inicial, é possível ver os eventos que acontecem em Porto Alegre e também cadastrar o evento que você quer ajudar a divulgar. Você poderá filtrar sua busca por data/horário, tipo de evento, custo e local.
Para incluir um evento ou convidar amigos para participar de alguma agenda você só precisa se conectar com sua conta no Facebook, mas se você apenas quiser saber o que está rolando na cidade, basta navegar pelo site. 


Legal, né?! Agora, para você que está na capital gaúcha ou virá para cá, basta acessar o Curtindo Porto Alegre para ficar por dentro dos eventos.


http://curtindopoa.com.br/


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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Fukuoka: o paraíso dos gatos - um registro de Fubirai

Fukuoka é uma província japonesa localizada na ilha Kyushu, próximo a Coréia.
O fotógrafo japonês Fubirai passou os últimos cinco anos captando a vida dos felinos que habitam Fukuoka. 
Há uma enorme população de gatos nessa ilha. Os bichanos vivem soltos e são alimentados por pescadores. Dizem que os moradores de Fukuoka acreditam que os gatos trazem sorte e proteção. Um verdadeiro paraíso para os gatos!


Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

Foto: Fubirai.

 Para saber mais sobre o trabalho de Fubirai: 
http://d.hatena.ne.jp/fubirai/

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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Revolução dos aromas: como surgiu o perfume

A origem do perfume entrelaça-se com a história da humanidade.
Através dos odores agradáveis que exalavam da queima de madeiras, nossos antepassados primitivos tiveram o primeiro contato com o que se pode considerar o ancestral do perfume.
Árvores como cedro e pinheiro eram queimadas com a finalidade de seu odor agradar aos deuses. Sândalo, canela, mirra, raízes e cascas de outras ervas eram utilizados em rituais sagrados. É da prática dessa queima que vem o nome perfume: do latim Per fumus, ‘pela fumaça’.
A ligação do perfume com o divino estendeu-se por séculos. No Egito Antigo, aproximadamente no ano de 3.200 a.C., efetiva-se a arte de elaborar perfumes. Os antigos egípcios acreditavam que suas preces chegariam mais rápido aos deuses através da nuvem de fumaça aromática que ascendia aos céus. Além disso, os aromas também acompanhavam o rito de passagem de morte, o corpo do morto devia ser conservado tão inalterado e perfumado quanto possível para o encontro com os deuses. Os óleos essenciais eram comumente utilizados no ritual de mumificação, devido as propriedades anti-microbianas, presentes nas essências de mirra, musgo de carvalho, resina de pinho.
 
Pélatas de rosa para extração de óleo essencial.
 
Ainda nesse período, o perfume começa a se ligar a questões que não eram apenas da ordem religiosa, mas também terapêuticas e de higiene. Cleópatra, a última rainha do Egito, transcendeu as funções do perfume, conferindo-lhe o grau de elemento sedutor. Conta-se que Cleópatra untava-se com essências aromáticas dos pés à cabeça, criava em torno de si uma aura perfumada e recebia Marco Antônio em uma cama repleta de pétalas de rosas.
Não apenas o Egito Antigo, mas a antiga Grécia e a Babilônia reconheciam a importância dos perfumes. Os gregos cultivavam a arte de usar óleos perfumados, devido a suas funções medicinais.  A Babilônia, por volta de 650 a.C., era um centro comercial de especiarias e perfumes da época. Os óleos essenciais eram reconhecidos pelo seu poder terapêutico pelos babilônios.
Os romanos, no período imperial, também eram adoradores  de perfume. O gosto por incensos e óleos aromáticos era realmente notável: Roma, durante o século III, transformou-se em capital mundial do banho (um ritual luxuoso que incluia inúmeras sinergias de óleos essenciais). Além disso, dados constam que aproximadamente 500 toneladas de mirra e 250 toneladas de olíbano chegavam a Roma pelo mar. O gosto pelo perfume era tamanho que até mesmo os cavalos eram perfumados…
Um grande passo na perfumaria foi dado pelos árabes, inventores do primeiro alambique, que durante a Idade Média desenvolveram técnicas de destilação, porteriomente aperfeiçoadas pelos italianos.
Durante a Idade Média, a perfumaria silenciou na Europa Ocidental. Condenada pela Igreja Católica, o uso de ervas aromáticas ficou restrito apenas a fins farmacêuticos e medicinais, ou então de ordem religiosa.
 
Seleção de fragrâncias.
O perfume volta aos palcos da história com toda força no ano de 1370, quando a Rainha da Hungria encomendou o primeiro perfume feito com solução alcóolica, era o nascimento do primeiro perfume moderno intitulado de l’eau de la reine de Hongrie. É Catarina de Médicis quem leva à França em 1533 a cultura do perfume. Esposa do Rei Henrique II, Catarina era apreciadora de perfumes, quando se mudou para França, levou consigo seu perfumista pessoal, Renato Bianco, conhecido como René Blanc, le florentin. A pequena cidade de Grasse, localizada no sul da França, onde eram produzidos as fragrâncias de Catarina, converteu-se em capital nacional do perfume. Durante o reinado de Luis XV é criado o conceito de “corte perfumada”. A arte da perfumaria estava em alta, e as cortes eram reconhecidas por seus aromas. Cada nobre, em média, usava um perfume diferente a cada dia da semana. Rosa, violeta e néroli eram os cheiros mais apreciados.
No século 18, cria-se a ideia de que o perfume está ligado a sedução e sensualidade, surgem novas fragrâncias e fracos diversificados.

Frasco de perfume muito usado no século 18.
A primeira fragrância sintética surge no século 19, é o marco da indústria da perfumaria. Ainda nesse período, a França, reconhecida pelas essências e matérias-primas produzidas em Grasse, transforma-se na capital mundial do perfume.
No século 20, os laboratórios revolucionam a arte da perfumaria, com a descoberta das estruturas das moléculas perfumadas. É nessa época que o perfume ganha sua conotação conceitual: inovador, luxuoso, robusto, chique, sensual, sofisticado, elegante e encantador. Ele também se entrelaça a moda e a beleza.
Atualmente, o perfume não é apenas um privilégio de ricos. Com os avanços da indústria da perfumaria, perfumes tornaram-se mais acessíveis. É claro, que o perfume continua sendo um elemento conceitual, um aglomerado de sensações, imagens, estilos e muito mais. Afinal como dizia o filósofo Jean-Jacques Rousseau: “O olfato é o sentido da imaginação”.

Fontes:
Com Ciência
Jorge Roriz


(Michelle Buss) 
 
 
 
* Texto elaborado para o blog:  http://blog.esteticafacil.com/



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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sinfonia nº 7, de Mahler, pela primeira vez - 22º Concerto Oficial da Ospa

Foto retirada do site: http://www.revistaluminus.com/


Amanhã, a orquestra recebe o maestro norte-americano Ira Levin e executa, pela primeira vez em sua história, a sétima sinfonia de Gustav Mahler.
O compositor alemão Gustav Mahler nos legou nove sinfonias, deixando ainda uma incompleta. A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), em seus 62 anos de história, já apresentou várias delas, mas nunca a sétima, composta no início do século XX. No dia 20 de novembro, terça-feira, às 20h30, no Salão de Atos da Ufrgs, o público terá a oportunidade de ouvi-la na interpretação da Ospa, sob a regência do renomado maestro norte-americano Ira Levin.
Ira Levin hoje vive em Berlim, na Alemanha, e atua frente a diferentes orquestras do mundo. No Brasil, já foi diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo e da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília. Esteve em Porto Alegre para reger a Ospa no ano passado e agora retorna para conduzi-la pelo complexo universo musical de Mahler.
Um dos principais maestros de sua época, Gustav Mahler (1860-1911) demorou para ser reconhecido como compositor. Em meio às crises e contradições da virada de século, sua produção composicional encontra-se no fim da tradição sinfônica clássico-romântica e anuncia, em muitos aspectos, as rupturas expressionistas. Romântico em sua inspiração, foi profundamente moderno em sua linguagem e expressão.
A “Sinfonia nº 7″ foi escrita entre 1904 e 1905, quando Mahler ocupava o mais importante cargo musical do império austro-húngaro, o de diretor da Ópera de Viena. A estreia da sétima sinfonia deu-se apenas em 19 de setembro de 1908, em Praga, com a Orquestra Filarmônica Tcheca. O público foi respeitoso, mas não se entusiasmou. Muito da produção do compositor levou tempo para ser melhor digerida pelos ouvintes. Com a “Sinfonia nº 7″ não foi diferente. Até hoje, segue sendo a sinfonia de Mahler menos gravada.
A execução da obra dura em torno de 84 minutos, e a partitura prevê, como era costume de Mahler, instrumentos não convencionais em sinfonias, como o bandolim, o violão, cowbells e a trompa tenor em si bemol. Para a apresentação da “Sinfonia nº 7″ com a Ospa, o bandolinista Elias Barboza e o violonista Paulo Inda estão entre os músicos convidados.
Os ingressos para o concerto custam R$ 20 e estarão à venda a partir de segunda-feira (19 de novembro), das 11h às 18h, e na terça-feira (das 11h até o horário do espetáculo), na bilheteria do Salão de Atos da Ufrgs (Av. Paulo Gama, 110). Estudantes, maiores de 60 anos e sócios do Clube do Assinante ZH têm 50% de desconto.

O que: 22º Concerto Oficial da Ospa
Quando: Dia 20 de novembro, terça-feira, às 20h30
Onde: Salão de Atos da Ufrgs (Avenida Paulo Gama, 110)
Ingressos: À venda na segunda-feira (19/11), das 11h às 18h, e na terça-feira (20/11), das 11h até o horário do espetáculo, na bilheteria do Salão de Atos da Ufrgs
Valores:
R$ 20 (público em geral) e R$ 10 (estudantes, sêniors e sócios do Clube do Assinante ZH)
Programa
Gustav Mahler: Sinfonia nº 7
Regente: Ira Levin




* Informações retiradas do site da Ospa (http://www.ospa.org.br)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Depois da 58ª Feira do Livro de Porto Alegre...

Foto retirada do site Mundo das Tribos.

Enfim, passada a 58ª Feira do Livro de Porto Alegre gostaria de contar quais foram minhas aquisições, sucessos e insucesso, surpresas.
Como já havia relatado anteriormente, fiz uma pequena listinha de livros que gostaria de obter:

1) Memórias do subsolo (atualmente, Notas do Subsolo), de Fiódor Dostoiévski.
2) No caminho de Swann, de Marcel Proust.
3) Papéis Avulsos, de Machado de Assis.
4) Melhores poemas de Paulo Leminski.
5) Bashô um santo em mim, de Ricardo Silvestrin.

No meu primeiro dia de Feira comprei livros fora dessa lista: "O Profeta", de Khalil Gibran; "E o sol também se levanta", de Hemingway; "As viagens de Gulliver", de Jonathan Swift. No segundo dia, adquiri: "Tonio Kroger e Morte em Veneza", de Thomas Mann; "No caminho de Swann, de Marcel Proust e "Notas do Subsolo", de Dostoiévski . Como só estive de passagem nessa segunda vez, não me detive em buscar por outras obras.
Resolvi regressar no antepenúltimo dia de Feira (doce ilusão de achar que talvez encontrasse algum descontro extra). O dia estava terrivelmente quente, pobres livros naquele calorão! Dessa vez, tinha posto na cabeça que eu traria para casa os demais livros da lista (e mais nada de extras!!) que eu ainda não tinha encontrado. Caminhei bastante, bastante mesmo. Fui em inúmeras barraquinhas atrás dos títulos... perdi o números de quantas vezes me responderam: "não temos!".
Dentre essas inúmeras negações, fiquei chocada quando um livreiro me disse com ironia que "Leminski é coisa rara" e ainda por cima "que era muito caro para se comprar". Como assim?? Agora sou um objeto de ímpar estranheza por admirar Leminski?! E mais, quem disse que não vale a pena pagar pelas obras dele?? Cada coisa que a gente escuta nessa vida... Mas não parou por aí, fui em outra barraquinha atrás de Leminski, Ricardo Silvestrin e Guilherme de Almeida... a reação não chegou a ser grosseira que nem a do livreiro anterior, mas esteve um tanto perto. Poxa vida, será que não se pode mais apreciar a boa poesia contemporânea?! Poesia também é literatura, oras!
No fim perdi a paciência de ficar andando e escutando impropérios. Assim, fui direto ao balcão de informações. Um rapaz muito gentil me atendeu. Indaguei quais livreiros vendiam Companhia das Letras, depois de sanada a dúvida, fui a caça! Nessa altura, já tinha desistido dos poetas, desejava pelo menos levar para casa Machado de Assis, editado pela Companhia das Letras. Graças a todas a luzes do Universo, consegui!!! Diferente de outros atendimentos, o pessoal que me vendeu "Papéis Avulsos" foi nota dez. 
Triste porque não tinha achado os poetas fui à banca da L&PM. Comprei "Contos Gauchescos e Lendas do Sul", de Simões Lopes Neto, com notas de Luis Augusto Fischer. Obra que já queria há tempos e que agora estava sendo solicitada a leitura para disciplina de Literatura Brasileira B.
Logo depois que pus os pés em casa, acessei meu Facebook, ainda estava indignada com a história do Leminski. Escrevi na minha linha do tempo o ocorrido. Bacana foi ver as pessoas compartilhando minha indignação. Mas o mais surpreendente, foi que senhor Ricardo Silvestrin se manifetou, foi super gentil me orientando onde poderia conseguir suas obras. E no fim, depois de dar salvas a Leminski e Guilherme de Almeida, disse: "Cada livreiro tem o livro que merece!". Disse tudo, senhor Silvestrin! Certíssimo!
Resumo da ópera dos livros adquiridos:
 
1) Memórias do subsolo (atualmente, Notas do Subsolo), de Fiódor Dostoiévski.
2) No caminho de Swann, de Marcel Proust.
3) Papéis Avulsos, de Machado de Assis.
4) O Profeta, de Khalil Gibran
5) E o sol também se levanta, de Hemingway
6) As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift
7) Tonio Kroger e Morte em Veneza, de Thomas Mann
8) Contos Gauchescos e Lendas do Sul, de Simões Lopes Neto

domingo, 11 de novembro de 2012

Crime e Castigo


Crime e Castigo é um livro do renomado escritor russo Fiódor Dostoiévski publiado em 1886.
Obra clássica da literatura universal, esse livro narra a trajetória de Rodion Românovitch Raskólnikov, um jovem russo ex-estudande de Direito.
Vivendo em circustâncias miseráveis e angustiado por suas inquietações internas, Rodion depara-se com profundas reflexões espirituais e existencialistas. Guiado pelo desejo de realizar uma ação significativa e pondo em prática seu preceito (Rodion divide os indivíduos em ordinários e extraordinários, numa tentativa de explicar a quebra das regras em prol do avanço humano), buscando posicionar-se como um indivíduo extraordinário, o personagem esquematiza e concretiza a morte de uma agiota.
Após o crime, Rodion imerge em delírios, trava lutas com sua consciência, cai em profundas reflexões.
O estilo do mestre Dostoiévski é obscuro, quando menos se espera, o leitor é tragado para o sombrio, um mergulho nas inquietações, no drama psicológico de Rodion. O que é loucura? Cada ser carrega em si um traço de loucura? O limiar entre a sanidade e o delírios é muito tênue. Em elaborados jogos de palavras, malhas de pensamentos que configuram a trama, o leitor passeia pelos cenários de São Petersburgo, vivencia debates de temas referentes ao regime socialista e filosofia niilista, acompanha a trama de demais personagens que vão pintando sua presença no decorrer do romance.
Obra indicadíssima. Nos primeiros capítulos a leitura parece ser um tanto lenta, mas na medida que a estória vai se desenvolvendo, a trama prende o leitor. É um verdadeiro mergulho a um emaranhado de indagações, de atmosfera sombria e delirante em busca da redenção.




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