quarta-feira, 24 de julho de 2013

A sensual e cativante arte de Lena Sotskova

Filha única, descendente de uma geração de aristocratas russos, a artista Lena Sotskova nasceu na cidade de Moscou em 1963. Muito cedo imergiu na arte e na cultura, influência dos artistas, músicos e atores que visitavam a família. Por isso, quando Sotskova viveu o despertar de seus talentos, não se espantou em seguir seus instintos artísticos e criativos.
Aos quatro anos de idade Sotskova já pintava, fato que estimulou os pais a buscarem para ela uma educação formal, tendo aulas com aclamados e talentosos artistas. A música contracenou com a pintura em sua vida até os dezessete anos quando enfim decidiu dedicar-se de corpo e alma aos pincéis. Satskova percebendo que dom e talento não bastavam, levou sua educação a sério, entrando para universidade russa mais competitiva. Conforme consta sua biografia, "durante seus seis anos na universidade, ela estudou (entre muitas outras disciplinas), a história de estilos de arte mundiais, técnicas de arte de mestres do Renascimento, e métodos de pinturas de ícones como os encontrados em igrejas russas. Sotskova mesmo estudou anatomia e observou cadáveres reais em um necrotério para conhecer melhor a forma humana e melhorar a sua pintura do corpo humano".
Após seus muitos anos de estudo, Sotskova mudou-se para New York, onde a vibração e a emoção do lugar conferiram a suas obras novos ímpetos.
A arte de Sotskova é sensual e requintada. Ela explora muito bem os traços e as cores. Além disso tem uma atmosfera de encantado e onírico. A presença do feminino, do romance e de mascarados é marcante. É o tipo de arte que por si só conta uma história, que intriga e cativa.

Birth of Venus

Carnival

Chemistry

Concert

Destiny

Dream

Gemini

High Society

Inspiration 2

Just Love

Leading Violin

Modern Classic

Romance

With Gypsies



Para saber mais, acesse:
http://sotskova.com/


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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Princesa Mononoke (Mononoke Hime)



Princesa Mononoke (Mononoke Hime) é um filme de animação japonês dirigido por Hayao Miyazaki (criador também de Meu Vizinho Totoro e A Viagem de Chihiro).
O filme se passa no Japão da Era Muromachi, quando homens ainda conviviam com deuses e feras. Quando um poderoso demônio possui o corpo do deus-javali e invade a aldeia dos Emishi, o príncipe Ashitaka vê seu destino se transformar: ele carrega uma maldição. Aconselhado pela anciã da aldeia, o jovem príncipe parte para a Floresta Proibida para buscar pela cura. Nessa jornada Ashitaka acaba conhecendo os mistérios da natureza, dos animais deuses, dos espíritos da florestas, dos homens e da princesa Mononoke.
Princesa Mononoke é um fábula sobre a eterna luta entre o homem e a natureza consegue aqui trazer uma poesia extrema, sem bons ou maus, vencedores ou perdedores. Cada um lutando por sua própria sobrevivência.
É um filme realmente lindo e surpreendente. Enredo que instiga e cativa.




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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Estréia - MIRAGEM


De 06 de julho à 04 de agosto (sábados e domingos)
 19 horas
Coletivo de Dança Sala 209 - Usina do Gasômetro
Porto Alegre

Miragem, de Marina Mendo, é o primeiro movimento do projeto Movimentos Rústicos da Cia Rústica de Teatro que contempla singularidades dos artistas da companhia. Sem dispensar sua especificidade, se orienta pelas zonas de pensamento e criação investigados pela companhia como a ativação e reinvenção da memória, a convivência entre linguagens artísticas e percepções do público. Direção de cena: Lisandro Bellotto, direção de corpo: Eva Schul, financiamento FUMPROARTE/PMPA.
o espetáculo? Miragem, efeito físico de refração da luz, quando se pensa ver aquilo que não existe. Qual foi a coisa mais apavorante que já te aconteceu? O açougueiro escondido na lateral de uma casa, vestindo seu avental branco sujo de sangue, rindo, se masturbando, olhando pra mim. Um vestido azul usado pela rainha de um clube de futebol em 1952. Eu? Pelada? Sentada na beira da praia, as ondas entrando no meio das pernas cavando um buraco com a bunda, as tatuíras embaixo dos dedos. A barriga cortada de um lado até outro pelo rasgo de uma pedra. Tá vendo aquela estrela ali? Não é uma estrela, é Júpiter. Miragem recicla objetos e memórias da arqueologia dos artistas envolvidos criando dessincronias entre passado e presente, real e ficcional, teatro, dança, vídeo e música.

Direção de cena: Lisandro Bellotto. Direção de corpo: Eva Schul Performances: Marcelo Mertins e Marina Mendo. Produção em Vídeo: Daniel Eizirik. Leonardo Remor e Maurício Casiraghi Interferências sobre fotografias: Rochele Zandavalli. Desenhos sobre retroprojetor: Cris Bastos/Daniel Eizirik. Luz: Bathista Freire Produção sonora: Alexandre Missel e Marina Mendo. Operação e mixagem de áudio: Alexandre Missel. Cenografia: Rodrigo Shalako. Customização de figurinos: Itiana Pasetti. Produção Executiva: Marina Mendo e Renata Nascimento. Fotografias: Renata Nascimento. Assessoria de Imprensa: Léo Sant’Anna. Realização Cia Rústica de Teatro.
 
 
 
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Tecendo a manhã

1.
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

2.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

(João Cabral de Melo Neto)



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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Incidente em Antares - Grupo Cerco



Talvez eu esteja um pouco atrasada para comentar sobre a peça teatral Incidente em Antares que esteve em cartaz no Teatro Túlio Piva de 20 a 30 de junho, entretanto não poderia deixar passar em branco minhas percepções sobre esse espetáculo.
A peça é uma adaptação da segunda parte do romance homônimo de Érico Veríssimo. A trama ocorre na época da pré-ditadura militar do Brasil, retratada na cidade fictícia de Antares, no interior do Rio Grande do Sul.
"O espetáculo inicia em 1963, quando uma greve geral paralisa o município. Dois dias depois, em uma sexta-feira 13, sete pessoas morrem por diferentes causas e não são sepultadas, pois os coveiros aderiram à greve. Indignados, os defuntos levantam-se de seus caixões e reclamam por seu enterro, invadindo a cidade com seus corpos putrefatos. Vivos e mortos passam a discutir em praça pública a vida social e política de Antares, desvelando a podridão e a hipocrisia das autoridades e dos habitantes locais. As revelações poderiam transformar a sociedade e seus indivíduos, mas, ao final, sucumbem à força da alienação e dos interesses políticos de uma minoria."
A peça tem um texto vigoroso, que prende e intriga o público. Elogio o trabalho dos atores que além de talentosos, cultivaram uma boa sinergia. Figurino e espaço cênico também foram super bem explorados. Foi um espetáculo empolgante, dinâmico e intenso, que equilibrou bem o riso e a reflexão de inúmeras críticas levantadas ironicamente elegantes!



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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Show UAKTI . Beatles


UAKTI. Theatro São Pedro - Porto Alegre.

No fim de semana (29 e 30 de junho) Porto Alegre recebeu UAKTI no Theatro São Pedro.
O grupo brasileiro de música instrumental, formado por Marco Antônio Guimarães, Artur Andrés Ribeiro, Paulo Sérgio Santos e Décio Ramos. O UAKTI é conhecido por utilizar instrumentos musicais não convencionais, construídos pela equipe.
O trabalho Beatles é uma reinterpretação da música a partir dos tubos de PVC, cabaças, apitos e materiais inusitados, que proporcionam um som único e inusitado.
UAKTI - Beatles foi um show inesquecível, com um textura e sensorialidade musical indescritível. É o tipo de som que mexe com a gente, provocando inúmeras sensações e desafiando o ouvindo a adivinhar de onde exatamente se extrai aquela sonoridade tão peculiar.




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