Talvez eu esteja um pouco atrasada para comentar sobre a peça teatral Incidente em Antares que esteve em cartaz no Teatro Túlio Piva de 20 a 30 de junho, entretanto não poderia deixar passar em branco minhas percepções sobre esse espetáculo.
A peça é uma adaptação da segunda parte do romance homônimo de Érico Veríssimo. A trama ocorre na época da pré-ditadura militar do Brasil,
retratada na cidade fictícia de Antares, no interior do Rio Grande do
Sul.
"O espetáculo inicia em 1963, quando uma greve geral paralisa o
município. Dois dias depois, em uma sexta-feira 13, sete pessoas morrem
por diferentes causas e não são sepultadas, pois os coveiros aderiram à
greve. Indignados, os defuntos levantam-se de seus caixões e reclamam
por seu enterro, invadindo a cidade com seus corpos putrefatos. Vivos e
mortos passam a discutir em praça pública a vida social e política de
Antares, desvelando a podridão e a hipocrisia das autoridades e dos
habitantes locais. As revelações poderiam transformar a sociedade e seus
indivíduos, mas, ao final, sucumbem à força da alienação e dos
interesses políticos de uma minoria."
A peça tem um texto vigoroso, que prende e intriga o público. Elogio o trabalho dos atores que além de talentosos, cultivaram uma boa sinergia. Figurino e espaço cênico também foram super bem explorados. Foi um espetáculo empolgante, dinâmico e intenso, que equilibrou bem o riso e a reflexão de inúmeras críticas levantadas ironicamente elegantes!
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