quarta-feira, 23 de junho de 2010

Um lapso de poesia

AUTOBIOGRAFIA DE UM MOMENTO


Eu escrevo no vento,
Nas paredes da casa,
Na minha alma,
No meu coração...


E feito criança
Minto pras palavras,
Sentimentos que não existem
Falsas histórias sem razão.


E a poesia fica inerte
Perde o dom de voar
Pois os versos que invento
São armas que me fazem seu ladrão.


E eu escrevo no tempo,
Na boca da noite,
No clarão da lua,
Num poço da imensidão.


E falsas verdades
Tornam-se minhas verdades,
Fazem-me frágil passarinho,
Que tem asas e teme voar...


Distorço o tempo
Turvando as ruas da razão...
Eu minto para as palavras,
E me chamam de poeta!
 
  
(Michelle C. Buss)
 
 
   
*** Para quem gostou e quiser conferir mais alguns dos meus loucos lapsos de aprediz de poeta... http://eadrom.wordpress.com/
 
 

Um comentário:

  1. Lindo, Michelle.

    E que bom foi ler o que escreveste junto ao meu poema no post ali em baixo. *_*

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