domingo, 29 de abril de 2012

Herói (Hero)


Herói (Hero) faz parte da minha lista de favoritos de produções cinematográficas orientais. Herói é uma produção realizada por Zhanf Yimou, lançada em 2002.
Na China ancestral, antes mesmo de existir um imperador, a nação era dividida em reinos: Qin, Zhao, Han, Yan, Chu e Qi. Esses reinos travavam guerras entre si pela conquista da supremacia, uma tenebrosa disputa que só trazia ao povo sofrimento e mortes.
O soberano do norte, o rei de Qin, o mais determinado, sofre ameaças e tentativas de assassinato. Entre seus assassinos destacam-se os lendários matadores de elite: Céu, Neve e Espada Quebrada.
Assim, temendo um dia ser vítima de um desses três matadores, o rei de Qin promete grande poder, riqueza e uma audiência privada com ele para quem os executá-los.
Um dia um delegado de um dos condados de seu reino entra no palácio carregando as armas dos assassinos, afirmando ter derroado os três inimigos. 
Nessa audiência entre o rei e o guerreiro, apenas uma distância de dez passos os separam. Nesse pequeno espaço paira uma emociante história de amor, honra e dever, carregando o significado do que é ser um herói.
Herói é um filme empolgante, tem uma fotografia belíssima, cenário, indumentária e efeitos especiais excelentes. O enredo é denso, profundo. Uma curiosidade interessante é a forma como os flashbacks são desenvolvidos: cada flashback do filme é diferenciado pela cor predominante da cena e pelas roupas usadas pelos personagens. As tonalidades de cor são dotadas de significado - vermelho (paixão), azul (amor), verde (juventude), branco (verdade), preto (morte).





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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Andrius Cruz


Sexta, dia 20 de abril de 2012, tive a alegria, na companhia da escritora Caroline Buss e do amigo Henriel Castelhano, de assistir o show do talentoso cantor e compositor Andrius Cruz.
O show ocorreu no Foxy e teve um repertório de primeira, com músicas de renomados artistas como Lenine, Maria Gadú, Ana Carolina, além de composições inéditas de sua autoria.
Talento é o que não falta para esse artista. Andrius é dotado de uma voz melodiosa e afinada. E tem uma intimidade espantosa com o violão. Sem dúvidas, Andrius Cruz é um dos nomes que promete, é sangue novo na música do Rio Grande do Sul.



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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Meu Monstro de Estimação


Meu Monstro de Estimação é o filme baseado no livro com mesmo nome.
Embasado em uma das mais famosas e intrigantes lendas britânicas, o enredo se passa na época da Segunda Guerra Mundial, na Escócia, quando o pequeno Angus MacMorrow (Alex Etel), um solitário garoto, sonha com o retorno de seu pai para casa. Um dia, caminhando pela praia, Angus descobre um misterioso objeto que vem a descobrir depois ser um ovo do lendário monstro do lago Loch Ness. Crusoé, nome dado por Angus ao seu novo amigo, levará o jovem garoto a viver uma jornada inesquecível e única.
O filme traz efeitos visuais dos criadores de "O Senhor dos Anéis". Tem um enredo emocionante e consistente e uma fotografia bela, brindando o espectador a contemplar as mais belas paisagens escocesas.
Eu recomendo!


 

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

"The Planets", de Gustav Holst marca o 3º Concerto Oficial da OSPA


Ontem, na companhia do compositor e poeta, Alberto Ritter Tusi, e do amigo Gabriel Borges, tive o grande prazer de presenciar mais um dos concertos da OSPA.
No seu 3º Concerto Oficial, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre foi regida pelo maestro japonês Nobuaki Nakata. As composições apresentadas foram,  a obra japonesa – “3 Film Scores”, de Toru Takemitsu (1930 – 1996) e "The Planets" (Os Planetas), de Gustav Holst (1874 - 1934).
A execução da suíte orquestral "The Planets", na minha opinião foi fenomenal. De um teor impactante e sublime. Essa obra é advinda do resultado de estudos místicos e astrológicos do compositor. Ela se divide em sete partes, cada uma referenciando um planeta, exceto a Terra. Os Planetas são uma série de perfis sonoros que representam “as sete influências do destino e componentes de nosso espírito”, nas conforme Holst.
Conforme a programação da OSPA, o 4º Concerto Oficial é previsto para o dia 8 de maio de 2012. 



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domingo, 15 de abril de 2012

Fotografias ou Desenhos ? - Paul Cadden

Precisão e talento são duas palavras que podem descrever o desenhista Paul Cadden. Esse artista escossês é especialista na arte hiperrealista, seus desenhos são confundidos com fotografias.
Incrivelmente detalhista, seus trabalhos são feitos com grafite, com jogo de sombras e traços precisos. São imagens ricas em detalhes e expressões.
Segundo o artista, suas obras "intensificam o normal". Para Cadden, "o  hiperrealismo costuma ter um impacto mais emocional, social e cultural do que o fotorrealismo, que é mais técnico”. Suas criações são um fruto de muita dedicação, ele leva em torno de três a seis semanas para produzir cada obra.
Fato: seu trabalho é mesmo surpreendente!







Gostou?! Então, acesse:
http://paulcadden.com/

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sexta-feira, 13 de abril de 2012

"Deus, Zeus e Eus" - SHOW DO GRUPO VOZ - DIA 14 DE ABRIL DE 2012 - TEATRO SESC PASSO FUNDO



"Zeus, Deus e Eus", Grupo VOZ - Com arranjos vocais e instrumentais elaborados, letras reflexivas e filosóficas.

Com influência das músicas dos pampas mescladas a estilos tão diversos como folk rock, a MPB e o jazz, o grupo apresenta seu trabalho autoral amplamente premiado em festivais de música brasileira, além de clássicos do cancioneiro gaúcho em nova linguagem.


Local: Teatro Sesc - Passo Fundo/RS
Dia 14/04/2012
Horário: 20 horas

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terça-feira, 10 de abril de 2012

Entrevista Exclusiva com Douglas Dalla Costa - GRUPO VOZ



"Acho que o espírito da época em que éramos crianças  é o que faz o VOZ de hoje - a amizade, curiosidade, brincadeira, vontade de estar junto..." 

Amizade, curisidade, brincadeira, vontade de estar junto... em parte isso traduz a essência do Grupo VOZ. Mas conhecendo o trabalho dessas feras, atrevo-me a dizer que inspiração, amor, entrega e uma fina sensibilidade fazem parte também.
Nessa entrevista exclusiva com Douglas Dalla Costa (baterista do grupo), vamos conhecer um pouquinho mais, por traz dos bastidos, desses guris que compõe verdadeiras canções que transcendem...

Michelle: Quando começou o Grupo VOZ? Conte um pouco de sua história.

Douglas: Se levarmos em conta a parte mais romântica e inocente da coisa, eu me arriscaria a dizer que o VOZ começou a partir do momento em que os guris se encontraram todos juntos pela primeira vez. Acho que o espírito da época em que éramos crianças é o que faz o VOZ de hoje - a amizade, curiosidade, brincadeira, vontade de estar junto; coisas que gostamos de fazer quando somos crianças e que ainda fazemos hoje em dia. Mas, aterrissando um pouco, diria que como um projeto mais sério, já com o pensamento de “gente grande”, o VOZ surgiu a partir do ano de 2005, quando o Rodrigo, o Vinícius (integrante na época) e o Gustavo resolveram largar tudo o que faziam lá no sul, seus trabalhos e faculdades, e apostaram tudo nesse projeto. Gravaram um disco e em 2006 vieram pra São Paulo para começarem essa jornada.
A minha história no grupo acho que também começou em Santa Maria/RS. Eu já conhecia os guris há muito tempo, mas não fazíamos parte da mesma turma, eu era mais novo, mas até cheguei a tocar com eles nos primeiros shows daquele grupo de amigos que eles formavam na época... éramos uma banda de pagode! (risos)... tocar é mais uma forma de dizer que eu estava andando junto com eles, aí me deixavam ficar com um chocalho na mão. No ano que o grupo estava decidido a vir pra São Paulo/SP, foi quando comecei a me interessar pelo trabalho que eles estavam fazendo, acho que muito disso se deveu as letras das canções que eles escreviam. Eu estava numa fase de mudança pessoal e acabei me identificando com os assuntos da banda, o que começou a gerar uma aproximação, mas ainda em um nível mais sentimental. E foi aí que eles pegaram a estrada e acabei ficando meio sozinho, estava terminando minha faculdade e na época não achava que tinha motivos pra largar tudo e vir com eles, como disse antes, não éramos amigos. Passado esse primeiro ano que eles estavam aqui (em São Paulo), eu terminei meus estudos e decidi que no outro dia viria atrás deles pra ver “qual era”. Depois de vir pela terceira vez, pois não conseguia me decidir, acabei ficando de vez. Arrumei um emprego em uma Luthieria de violões e fiquei lá por uns quatro meses até que um dia “chutei o balde” e falei para os guris em uma reunião: “Não vim aqui pra trabalhar com outra coisa que não seja o VOZ”. Acho que eles se assustaram na hora, pois o grupo não tinha condições de sustentar um funcionário, mas disse pra eles que não era por dinheiro e sim pelo trabalho, lembro que até chorei na hora! (risos)
Como não teve outro jeito, acabamos ficando juntos e comecei a acompanhar o grupo por essas estradas, até que um dia estava tão dentro da coisa e quando menos percebi já estava dividindo o palco com eles.

Michelle: Quais foram às influências musicais que teve o Grupo VOZ?
Douglas: Acho que as influências do grupo foram diversas, diria que principalmente coisas com arranjos bem elaborados eram o que mais chamavam a atenção. Não saberia dizer precisamente nomes que influenciaram cada um, mas com certeza, foram do samba até a música clássica. Particularmente, me criei ouvindo meu pai escutar música sertaneja, música gaúcha, jovem guarda, sei lá, foram tantas coisas, até música boliviana (risos)... Já por conta própria fui para outro lado, minha primeira aquisição musical foi uma fita cassete do Rap Brasil, adorava aquilo, acho que até hoje sei cantar as músicas. Mas no geral, sempre tive uma queda para o lado do rock, mas também gostava muito das musicas gaúchas, ou algo mais da terra, como um Almir Sater por exemplo. Hoje em dia procuro ouvir de tudo, uma vez fiz uma pesquisa musical sobre os melhores álbuns brasileiros da história e descobri que esse era o caminho, tinha que estar aberto pra tudo. 
Michelle: Qual é o público do Grupo VOZ?
Douglas: Sempre nos perguntamos isso e nunca foi fácil chegar a uma resposta. Depois de ter rodado esse Brasil, ficou ainda mais difícil saber isso. Pessoas jovens, crianças, adultos, os mais velhos, todos sempre chegam pra falar com a gente, elogiando o trabalho sempre com muito carinho e respeito. Mas, eu arriscaria um palpite pra não ficar em cima do muro, acho que é bem dividido entre mulheres e homens e que a maioria estaria numa grande faixa dos 18 aos 45 e independe de classe social.

Michelle: Quando vocês estão em um palco, como se sentem?
Douglas: Sempre muito feliz com esse o momento, sempre procuramos fazer o melhor em qualquer tarefa que temos pra realizar, mas ali no palco temos que dar o máximo o tempo todo, é o momento onde há uma troca de energia muito mais direta com o público, estamos ali olho no olho, fazemos parte de uma mesma coisa. É difícil descrever exatamente, com certeza existe ansiedade, aquele friozinho na barriga, mas quando começamos a primeira nota do show parece que tudo se transforma. É muito especial estar ao lado dos meus amigos ali em cima do palco, hé uma conexão e uma cumplicidade muito grande, um tem que fazer parte do outro. O tempo não parece que tem a mesma relação de um dia normal, tem horas que estamos ligados em todos os detalhes, como se o tempo fosse mais devagar, mas ao mesmo tempo, quando vê já terminou tudo e estamos abraçados no final.


Michelle: Novos projetos?
Douglas: Sim, diria que sempre... Acho que esse é o caminho. Atualmente estamos fazendo novas gravações no nosso estúdio e pretendemos lançar alguns vídeos dessas gravações. Também temos um segundo disco pra lançar em breve. Mas o VOZ é assim, cada dia é um novo projeto.

Michelle: Uma mensagem final aos nossos leitores...
Douglas: Primeiramente, gostaria de agradecer a todas as pessoas que estão sempre acompanhando e incentivando o Grupo VOZ, dando a força necessária para nos levantarmos todos os dias e continuarmos nessa estrada sempre com muita alegria. E também dizer que devemos prestar mais a atenção em nós mesmos, nos descobrir mais a cada dia, porque como pessoas, somos um mundo incrível e infinito a ser explorado. E que todos conheçam a sua própria VOZ. Um grande abraço!





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quinta-feira, 5 de abril de 2012

John William Waterhouse - Misterioso, brilhante e sutil.



John William Waterhouse (1849-1917) foi um renomado pintor neo-clássico e pré-rafaelista do Reino Unido.
Waterhouse nasceu na Itália, filho de artistas ingleses, ambos pintores. Ter arte em seu berço proporcionou ao artista um contanto íntimo com a mesma. Em 1854, os Waterhouses retornam à Inglaterra. Lá, "Nino", como era chamado por seus familiares, foi incentivado a envolver-se com o desenho e, muitas vezes esboçou cópias de obras no Museu Britânico e na National Gallery.
Waterhouse em 1871, ingressa para "Royal Academy", com interesse em estudar escultura, antes de se dedicar à pintura. Seus primeiros trabalhos não eram pré-rafaelistas, apesar de serem de temas clássicos.
Waterhouse ficou famoso por seus quadros representando personagens femininos da mitologia e da literatura. O seu quadro mais conhecido é The Lady of Shalott, um estudo de Elaine de Astolat, que morre de tristeza porque Lancelot não a ama. Ele pintou três versões desse tema: em 1888, em 1894 e em 1916.
As obras de Dante Alighieri, Tennyson e Shakespeare são bastente retratadas em suas pinturas.
O estilo de Waterhouse é suave e misterioso, repleto de romancismo, que permite enquadrá-lo dentro do simbolismo. É muitas vezes classificado como o último dos pré-rafaelistas, devido ao estilo e tema, mas na verdade, encaixa-se no neo clássico. Ele pintou mais de 200 obras e foi um dos poucos que teve reconhecimento em vida.
A sensibilidade, a perfeição, o jogo de cores e a sutileza conferem às suas obras uma atmosfera mística e lendária... uma imagem vislumbranda por alguém que desperta de um sonho.

Ondina - 1872

Santa Eulália - 1885

Círculo Mágico - 1886

A Senhora de Shalott - 1888

Ophelia - 1894

Psique abrindo a caixa de ouro - 1903

A Senhora de Shalott olhando para Lancelot - 1894

A Sirena - 1900

A Alma da Rosa - 1908

Windswept - 1902
 

Miranda - A Tempestade - 1916



Fontes: 
http://www.jwwaterhouse.com/

(Imagens retiradas do site Google)
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