quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Aos Meus Mestres

Ressoa a mesma série harmônia nos ouvidos justos e injustos,
O som das esferas perspassa o sentido de nobreza,
reverbera o eco das estrelas ante qualquer inteligência,
O ar que a poesia flutua é respirado por poetas da corte e da sarjeta,
O pulsar do coração de um cão, não é menos musical que o do maestro.


(Alberto Ritter Tusi)



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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Evento Hana to dango - Flores e comidas


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Jogo Rápido



Perguntas aleatórias, fragmentos de memórias, gostos, desgostos... pura curiosidade! Agora, de tempos em tempo, a proposta é publicar pequenas entrevistas cedidas por algumas pessoas (em geral, ligadas as artes).
Dividir, repartir, compartilhar, cativar e inspirar.

ATÉ BREVE!




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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

58ª Feira do Livro de Porto Alegre


Nada melhor que no dia Nacional do Livro, falar sobre a Feira do Livro de Porto Alegre!
Esse ano a Feira do Livro de Porto Alegre está na sua 58ª edição, o tema é: (Abra um espaço para o livro). A Feira ocorre entre os dias 26 de outubro à 11 de novembro. Como sempre, a Feira tem uma programação repleta de eventos culturais, autógrafos, apresentações, oficinas e é claro, a presença de inúmeras livrarias e editoras.
Como gosto de dizer: nem natal, nem ano novo, nem páscoa, muito menos carnaval... minha época do ano favorita, aquela que conto os dias para chegar, é a Feira do Livro de Porto Alegre.
Adoro passear pela Feira e explorar aquele universo fantástico de conhecimento, cultura e história. Divirto-me demais descobrindo novos livros, resgatando alguns mais antigos (adoro livro antigo com capa dura!), observando a diversidade de assuntos.
Levo sempre uma listinha de livros para comprar (lógico que sempre tem as compras extras... impossível resistir)... Esse ano, fui prestigiar a Feira ainda no primeiro dia! Dentro da minha lista oficial estavam os títulos:

1) Memórias do subsolo (atualmente, Notas do Subsol), Fiódor Dostoiévski.
2) No caminho de swann, de Marcel Proust.
3) Papéis Avulsos, Machado de Assis.
4) Melhores poemas de Paulo Leminski.
5) Bashô um santo em mim, de Ricardo Silvestrin.

Nem bem pus os meus olhos nos balaios de saldos e instintivamente minha mão pousou em "O Profeta", de Khalil Gibran. Julguei essa ação inesperada uma conspiração do universo e, claro, TIVE que acabar comprando!  Depois dessa feliz aquisão, fui à procura do mestre Dostoiévski e do senhor Proust. Para minha tristeza, não encontrei os títulos que queria!!! Absurdo!! Heresia!!!! Ventos contrários! Mas tudo certo, encomendei-os em uma das tendas para pegar outro dia (no caso hoje!). Só que, eu não poderia voltar para casa inconsolada do jeito que estava... assim, resolvi dar uma observadinha nos títulos. Aí, quando menos esperava, deparei-me com "E o sol também se levanta", de Hemingway e "As viagens de Gulliver", de Jonathan Swift, em edições antigas, com capa dura e folhas douradas. Como resistir??? Como? Não dá, tenho um fraco por livros!
Voltei para casa satisfeita com minhas compras (extras), enquanto prometia a mim mesma que não compraria mais nada além do combinado. 
Ah... mas as forças literárias da existência, quando se resolvem, são capazes de mudar destinos! Hoje, quando fui buscar o mestre Dostoiévski e o senhor Proust, deparo-me com o senhor Thomas Mann! Achei que ele seria tão bom amigo dos outros dois que acabei levando o duplo "Tonio Kroger e Morte em Veneza" - tudo obras dessas forças literárias da existência!
É... e estamos recém no quarto dia de Feira...
Até agora, comprei apenas 2 livros que constam em minha lista e 4 extras!!!!!! Melhor deixar para voltar à Feira apenas nos últimos dias, antes que eu compre mais alguns "intrusos". Entretanto, o bom de tudo (para meu alívio, aliás...) é que meu gasto foi bem pequeno comparado a quantidade. Cada livro saiu em torno de R$10,00. 
A minha próxima missão na Feira é buscar Machado de Assis, Leminski e Silvestrin!
Aguardem!!!




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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Miss Potter


Helen Beatrix Potter foi uma importante escritora e ilustradora inglesa, célebre pelos seus livros infantis. O filme Miss Potter conta a infância e maturidade Beatrix, que mantinha sua privacidade guardada a sete chaves, a ponto de escrever um diário em código, compreendido somente 15 anos após sua morte.
Miss Potter leva o espectador aos cenários de Londres do final do século 19. Dotada de uma enorme imaginação e sensibilidade, Beatrix desde menina transporta ao papel o mundo que percebe. Exímia desenhista e contadora de história, Beatrix quebra paradigmas de seu tempo rumo a profissão de escritora e ilustradora. Em meio a esse mundo cheio de magia e descobertas, o coração de Beatrix bate mais forte... desde então, a vida da escritora é recheada de fortes emoções.
Miss Potter é um filme emocionante. uma verdadeira lição de vida. Seu enredo é ao mesmo tempo forte, suave e mágico. Fotografia, cenário e figurinos são excelentes, eles remetem o espectador à cena.




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terça-feira, 16 de outubro de 2012

A arte de Natasha Sazonova

"(...) as pessoas em qualquer lugar do mundo têm sentimentos semelhantes, sonhos e desejos. E que as pessoas, independemente de sua herença, respondem a arte honesta."

A pintura sempre tingiu a trajetória de vida da artista ucraniana Natasha Sazonova, nascida no dia 22 de julho de 1978. Atualmente, Sazonova reside nos Estados Unidos, onde seu trabalho tem tido ampla divulgação, inclusive marcando presença no Museum of Art and Design in New York City.
Adoradora de pinturas altamente criativas e retratos não convencionais, Natasha tem em sua arte uma variedade de estilos: ilustrações, colagens (ricas em detalhes e cores) e pinturas. Ela gosta especialmente de criar retratos de mulheres ou cenas de fragmentos de loucura (ilustrações surrealistas).
Em seu site, ela costuma se comunicar de forma aberta com o público. Expressa o que gosta, o que acredita, incentiva as pessoas à arte e diz as razões que originaram cada obra.
Natasha é fluente em quatro línguas (ela investe muito em sua auto-educação, defendendo a importância do conhecimento diversificado na formação de um bom artista e ilustrador), domina assuntos da área da política, filosofia e literatura mundial. Em tempo livre, ela pratica jardinagem e culinária. Ela acredita que cada dia é uma benção e que a beleza pode ser encontrada em todos os lugares.

"Modern Woman" (2009)

"Finding my religion" (2009)

"Expressionistic crying bride" (2000)

"Sunflower Nymph" (2006)

"Flapper beauty" (2009)

"Urban Angel" (2006)

"Wine, love and a Siamese cat" (2005)

"Midnight breakfast" (2005)

"Family tree" (2005)

"Two cats and a good book" (2005)


Para saber mais, acesse:
http://www.artns.us/


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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O que é política?

Não sou o tipo de pessoa que aprecia escrever textos sobre moralidade ou gritar protestos. Não, definitivamente não é meu gênero favorito. Entretanto, observando essa última eleição, envolvi-me em reflexões sobre o quanto o cidadão vota de forma consciente. Será mesmo que somos munidos de consciência política?!
Quantas pessoas sabem o que realmente significa política? Você sabe??
Considera-se Política a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados. Uma ciência voltada para zelo aos assuntos internos e externos da nação.
A política é oriunda da Grécia, surge nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-Estados nomeadas “polis”. O termo política deriva-se do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à “polis”, ou cidade-Estado. Sendo assim, o termo política está estreitamente ligado ao significado de sociedade, comunidade e coletividade.
Isso sugere que toda a pessoa que ocupa um cargo político deveria trabalhar em prol da sociedade, pelo bem da coletividade. Mas será que isso é levado à risca quando um político elege-se?! Pelo jeito não... quantas denúncias de corrupção, promessas não cumpridas, ações de interesse pessoal, atos de ilegalidade pintam o nosso cenário político? Inúmeros... A palavra política distorce-se em significados negativos e o povo já está acostumado a associar política com sujeira, devido ao péssimo comportamento de nossos candidatos. E isso acontece por quê?!
Boa parte dos nossos candidatos participa de uma eleição por puro interesse pessoal, seja pelo status ou pelo lucro que isso adicionará a suas vidas. Ideias de coletividade, sociedade, muitas vezes são postos em segundo plano, ou então, lembrados na hora da reeleição, mostrando os “serviços” prestados à comunidade. Como se fosse obrigação um político prestar serviços à comunidade, quando na verdade é um dever, já que a política deveria estar preocupada tão somente com a administração e organização de uma sociedade
Mas é claro que não é apenas responsabilidade dos nossos políticos se as coisas não andam bem. É também dever do cidadão participar desse cenário de forma consciente. Como isso? Votando com discernimento (não na sigla do partido, nem na pessoa, mas nas propostas) e depois de eleito o candidato, relembrando-o de cumprir o que foi descrito em seu plano de governo.
Certo, isso seria o ideal, não é mesmo? Pena que nós sabemos que POUCAS pessoas agem dessa forma. Que maior parte das vezes o que ocorre é:
 - Boa parte da população por comodismo ou por frustração com o cenário político, acha que política é algo sujo ou desimportante.
- Um número considerável da população vive uma “cegueira política”, votando apenas na sigla. Não importa se os candidatos não são aptos, o que importa é que ele é da sigla tal. Ou então, outra categoria de “cegueira política” é votar na pessoa: porque eu conheço o fulano, porque ele é bom, legal, ou bonito. Esquecem-se de analisar se esse fulano é mesmo competente e se suas propostas condizem com a realidade.
- Política virou sinônimo de “lucro” ou “status”. Algumas pessoas candidatam-se ou para serem bem pagas, ou para serem reconhecidas, ganharem fama.
- O eleitor vota porque seus interesses pessoais condizem com as “promessas” do candidato.
E aí, vira essa bagunça, essa sujeira, essa desilusão. Quando em graus elevados de distorção, o mau uso da política acaba se tornando o motivo para separar famílias, vizinhos, amigos... provocando rivalidades ao ponto de destruir e aniquilar vidas. É o mau uso da política agindo em âmbito pessoal, tudo é levado a nível pessoal: “se fulano votou no candidato rival ao meu, não é porque ele tem uma opinião e ideais diferentes de mim, é porque ele é um filha da puta, mesmo”. “Se ciclano apoia tal político que não é o meu, ele é ignorante e daqui para frente meu inimigo”... e por aí a banda toca. Ah, mas você pode ter achado um exagero tudo isso... quem sabe, um pouco. Mas garanto que não é nada muito diferente do que tenho visto.
É que nos falta consciência política, é que nos falta cumprir nossos deveres de cidadão, é que nos falta coragem e força de vontade para defender nossos direitos de cidadão. Aí é claro, tudo muito claro: o que deveria servir para organizar uma sociedade, serve para desorganizar.
Não sou o tipo de pessoa que aprecia escrever textos sobre moralidade ou gritar protestos. Só que cansei de comodismo, cansei de apenas reclamar e reclamar, sem nada fazer. Que esse texto seja um pequeno passo de civismo (misturado ao desabafo), para os meus demais que estão por vir. 

(Michelle Buss)


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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

TO BE OR NOT TO BECKETT




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