sábado, 26 de julho de 2014

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eu que não entrei
no avião e
não fui recebido
pelo teu calor;
eu que não
me enfiei sem
convite no teu
apartamento e...
no meio da noite
me enfiei debaixo
das tuas cobertas;
eu que não pulei
cedo da cama
e passei um chá
pra acabar com
o inverno; eu que
não levei você
pra comer temaki
num lugar
que só você
sabe onde é;
eu que não passei
meus dedos pelos
teus cabelos curtos
e nem roubei um
beijo na esquina
enquanto esperava
o sinal abri;
eu que não sentei
em posição de
lótus só pra
impressionar e
nem recitei haicais
de bashô
ou os lindos
versos de rumi;
eu que fiquei
aqui só, na
esperança de
amar teu ser
com distância
e afago;
eu que não
apaguei a
luz ao sair
e esqueci que
é no escuro
que
os gatos pardos
se divertem.



(Guilherme Ziggy)


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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Yamato


Yamato (ou Otoko-tachi no Yamato) é um filme japonês, lançado em 2005. Yamato é um filme revolucionário e também comovente (confesso que chorei vendo).
O filme inicia com Makino Uchida (Kyoka Suzuki) chegando ao sul do Japão. Lá ela procura por alguém que possa lhe alugar um barco e levá-la até o lugar onde afundou, há 60 anos atrás, o navio de guerra, Yamato. Todos se negam em atender esse pedido, até que Makino encontra Katsumi Kamio (Tatsuya Nakadai), ex-tripulante do navio. Nessa jornada até Yamato, Kamio revive sua lembranças, compartilhando-as com Makino.
Em abril de 1945, Yamato, o maior e  mais poderoso navio de guerra do mundo parte em uma missão suicida. O desejo maior dos mais de 3000 tripulantes a bordo é proteger seus entes queridos, suas famílias, seus amigos e seu país. Eles partem corajosamente nessa missão.
Apesar de Yamato parecer ser um filme de guerra, de todo ele não o é, pois não explica as razões do desta em si, mas se foco no conflito dentro de cada ser humano, especialmente dos rapazes da Marinha Imperial, que se veem em meio às dúvidas sobre a obrigação de sacrificar-se para tentar salvar seu país.
Para produzir essa obra-prima, 600 milhões de yenes foram gastos na construção de um cenário que é uma réplica exata dos 190 metros da proa à popa do Yamato, algo sem precedentes na história cinematográfica japonesa. A direção é de Junya Sato que dá vida à história original de Jun Henmi.




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quarta-feira, 23 de julho de 2014

A Culpa é das Estrelas


A Culpa é das Estrelas é um romance de John Green. E apesar de muita gente criticar o livro porque virou cultura pop, bem eu li e gostei! Gostei pela escolha do tema, pelos diálogos inteligentes. Gostei porque emociona, porque toca, porque os personagens parecem que são vivos, ali transbordando de emoção. A linguagem é simples, tranquilo de ler, tanto que em três horas eu já havia lido tudo. Mas obviamente, não é só pela linguagem que se lê tão rápido, mas porque é bom. A trama é envolvente e faz você querer terminar. Faz você também repensar sobre muitas e muitas coisas, porque por mais bonita que seja a história, é bastante triste. John Green não tem medo de falar de tristeza e mostrar uma nuance desse tipo de realidade.
A Culpa é das Estrelas conta a história de dois adolescentes que se conhecem em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer. Hazel, tem apenas dezesseis anos e é uma sobrevivente que continua na luta, ela teve câncer na tireoide e como marca desse tratamento, desenvolveu metástase em seus pulmões. Augustus Waters, dezessete anos, perdeu a pena para o osteosarcoma. O livro trata da jornada dos dois, da luta contra o câncer, da descoberta do amor e das pequenas alegrias da vida. Nessa obra, John Green mostra sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.



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terça-feira, 22 de julho de 2014

Assistência Técnica em Informática

Indico muito! Salvou meu notebook da Dell e ainda cobrou um preço justo, além de cuidar direitinho de todos os arquivos e depois organizá-los.





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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Deva Premal e Miten no Brasil


Deva Premal e Miten vem encantando o mundo com suas lindas vozes, cantando antigos e sagrados mantras, tocando almas e corações. Suas vozes têm ecoado por diversas partes do mundo, emocionando mais e mais as pessoas com seu trabalho. Deva Premal e Miten tem essa energia boa de através de sua música abrir o coração e a mente das pessoas para conhecerem e reconhecerem o sagrado poder dos mantras. No Facebook, a dupla possui uma página com muitos seguidores expressando sua admiração e gratidão. No Brasil, um grupo de fãs criou a página "Deva Premal e Miten no Brasil", com a finalidade de divulgar o trabalho deles por aqui. Confere aí e não esquece de curtir! :)



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domingo, 20 de julho de 2014

A Cruz de Brighid


Brighid também conhecida por Brigit, Bríde, Briget, Briid é uma Deusa muito popular na Irlanda. A palavra "Brig", em irlandês arcaico, significa força, poder. A popularidade dessa deusa é tamanha que o catolicismo acabou por canoniza-la, surgindo então a Santa Brígida de Kildare.
Tanto a deusa como a santa carregavam consigo a famosa "Cruz de Brighid", que é feita da palha de trigo, poderoso símbolo solar. Essa cruz é fixada nos telhados e no interior das casas e das portas dos estábulos para proteção das casas e animais.
É dito que nas ilhas Arann (na Irlanda), essas cruzes se conservavam a vida toda, servindo de um dato importante para se deduzir a antiguidade da morada, devido precisamente ao número de cruzes acumuladas.
As cruzes eram confeccionadas de palha de trigo, sendo o entrelaço feito da esquerda para direita, seguindo o curso do sol.

 

Como tanto a santa como a deusa são protetora das mulheres que estão para dar a luz, é um costume comum invocar essa divindade. Em Ulter, quando uma mulher está para dar à luz,  a parteira põe uma cruz de Brighid nos quatro cantos da casa e depois canta os seguintes versos: "Four corners to her bed, four angel at her head. Mark, Matthew, Luke and John; God bless the bed that she lies on. New moon,  new moon, God bless me. God bless this house and family."
Essa cruz também tem ligação com o fogo, com a lareira, com a cura e com a água. Abaixo, uma oração a deusa Brighid.

Brigid, deusa vitoriosa da luz,
Cubra-me com teu manto sagrado, 
Vigie-me sempre com teus olhos, 
Proteja-me com teu cajado, 
De manhã e até anoitecer, 
Por onde eu andar ou estiver,
De dia ou de noite, que eu seja sempre protegida, 
Honrada, acolhida e favorecida, 
Brigid, Deusa poderosa e protetora, 
Fique ao meu lado e seja a minha companheira, 
Minha conselheira, guardiã e defensora! 
 A Naoimh Bhrid Gui Orainn 

(pronuncia-se A Nem Brid Gui Orin que significa “Santa Brigid ore por nós”!)

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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Super Lua Cheia: Lua cheia em Capricórnio

Trago algumas fotos maravilhosas desse fenômeno. A super lua cheia que aconteceu no dia 12 de julho 2014 é uma lua cheia em Capricórnio, essa lua nos convida a valorizar o trabalho, a responsabilidade, a perseverança, a paciência, a estratégia, a disciplina, e tudo isso tendo em vista objetivos de longo prazo e realizações que resistam ao tempo e que favoreçam à sociedade e não só ao indivíduo.










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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Manoel de Barros




Ah, não poderia faltar um poema dele! Na opinião de muitos (e na minha também) o maior poeta brasileiro vivo; praticamente um Guimarães Rosa da poesia. Com certeza existem outras coisas além do que nossos olhos podem ver, olhares como o de Manoel de Barros estão aí pra provar isso.


O Menino Que Carregava Água Na Peneira (Manoel de Barros)

Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.

A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e sair
correndo com ele para mostrar aos irmãos.

A mãe disse que era o mesmo que
catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.

Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.
A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos.

Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira

Com o tempo descobriu que escrever seria
o mesmo que carregar água na peneira.

No escrever o menino viu
que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo
ao mesmo tempo.

O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro
botando ponto final na frase.

Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.

O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.

A mãe falou:
Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.

Você vai encher os
vazios com as suas
peraltagens
e algumas pessoas
vão te amar por seus
despropósitos.


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domingo, 6 de julho de 2014

Bukowski - Histórias da Vida Subterrânea




Projeto Contemplado com o Prêmio de Incentivo à Pesquisa em Artes Cênicas do Teatro de Arena, sobre a vida e a obra do escritor Charles Bukowski.

Direção: Roberto Salerno de Oliveira
Assistência de Direção: Isandria Fermiano
Dramaturgia: Modesto Fortuna
Elenco: Roberto Oliveira, Marcelo Johann , Elisa Heidrich, Francine Kliemann, Pitti Sgarbi e Aline Armani Picetti.
Iluminação: Fabiana Santos
Cenário: Modesto Fortuna
Figurinos: Elisa Heidrich
Orientação coreográfica: Andrea Spolaor
Produção Áudio Visual: Pátiovazio
Fotografia e Arte Gráfica: Jéssica Barbosa
Assessoria de Comunicação: Liane Strapazzon
Divulgação nas redes sociais: Fernanda Fávero
Produção Executiva: Joice Rossato
Produção Geral: Depósito de Teatro
Classificação: 18 anos

Já estão à venda os INGRESSOS antecipados do espetáculo!!!
Preço especial (somente antecipado): R$ 10,00

Você os encontra nas lojas:

Dirty Old Man - rua Lima e Silva, 956 - Cidade Baixa

Loja Sirius
Rua da República, 304 - Cidade Baixa

Livraria Bamboletras
Rua General Lima e Silva, 776 - Cidade Baixa

O quê: espetáculo teatral "BUKOWSKI - Histórias da Vida Subterrânea"
Quando: de 18/07 a 17/08 - de sextas, sábados e domingos às 20h
Onde: Teatro de Arena - Altos do Viaduto da Borges
Quanto: Inteira R$ 30,00 e meia R$ 15,00 (estudantes, professores, idosos e classe artística). Ingressos antecipados: R$ 10,00.



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sábado, 5 de julho de 2014

Sobre o lançamento do livro Mosaicos

Lançamento do livro "Mosaicos". (Foto: Clara Állyegra Lyra Petter)
Como prometido, estou aqui para contar como foi o lançamento do meu livro de estreia. Estou atrasada quase uma semana para o relato, mais uma vez os trabalhos de faculdade tomaram meu tempo.
Apesar do dia chuvoso (um daqueles que você pensa que já vai virar sapo), muitas pessoas compareceram ao local - tantas que fiquei com medo de não conseguir acomodar todo mundo. Inicialmente, fiz um pequeno discurso contando como o livro surgiu e agradecendo as pessoas que me apoiaram (agradecimento mais que especial para meu editor, Eduardo Lacerda (Editora Patuá), e ao artista que criou a capa do livro, Leonardo Matias). Depois disso, o poeta Guto Leite e eu lemos alguns poemas do livro. Por fim, não poderia faltar uma canção: fechei a "cerimônia" cantando "Joia Rara", de Gilberto Gil.
Foi tudo muito lindo! Não poderia de deixar de dizer que a decoração estava um charme, acompanhando a sempre boa energia que tem o Meme Santo de Casa Espaço Cultural.
Gostaria de agradecer abertamente a todas as pessoas que vieram de longe, que saíram de suas casas naquele dia de tempo chato. Meu muito obrigada a todos que participaram comigo desse momento especial.

Foto: Clara Állyegra Lyra Petter

Para quem quiser adquirir o livro, basta acessar o site da Editora Patuá:

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