terça-feira, 10 de abril de 2012

Entrevista Exclusiva com Douglas Dalla Costa - GRUPO VOZ



"Acho que o espírito da época em que éramos crianças  é o que faz o VOZ de hoje - a amizade, curiosidade, brincadeira, vontade de estar junto..." 

Amizade, curisidade, brincadeira, vontade de estar junto... em parte isso traduz a essência do Grupo VOZ. Mas conhecendo o trabalho dessas feras, atrevo-me a dizer que inspiração, amor, entrega e uma fina sensibilidade fazem parte também.
Nessa entrevista exclusiva com Douglas Dalla Costa (baterista do grupo), vamos conhecer um pouquinho mais, por traz dos bastidos, desses guris que compõe verdadeiras canções que transcendem...

Michelle: Quando começou o Grupo VOZ? Conte um pouco de sua história.

Douglas: Se levarmos em conta a parte mais romântica e inocente da coisa, eu me arriscaria a dizer que o VOZ começou a partir do momento em que os guris se encontraram todos juntos pela primeira vez. Acho que o espírito da época em que éramos crianças é o que faz o VOZ de hoje - a amizade, curiosidade, brincadeira, vontade de estar junto; coisas que gostamos de fazer quando somos crianças e que ainda fazemos hoje em dia. Mas, aterrissando um pouco, diria que como um projeto mais sério, já com o pensamento de “gente grande”, o VOZ surgiu a partir do ano de 2005, quando o Rodrigo, o Vinícius (integrante na época) e o Gustavo resolveram largar tudo o que faziam lá no sul, seus trabalhos e faculdades, e apostaram tudo nesse projeto. Gravaram um disco e em 2006 vieram pra São Paulo para começarem essa jornada.
A minha história no grupo acho que também começou em Santa Maria/RS. Eu já conhecia os guris há muito tempo, mas não fazíamos parte da mesma turma, eu era mais novo, mas até cheguei a tocar com eles nos primeiros shows daquele grupo de amigos que eles formavam na época... éramos uma banda de pagode! (risos)... tocar é mais uma forma de dizer que eu estava andando junto com eles, aí me deixavam ficar com um chocalho na mão. No ano que o grupo estava decidido a vir pra São Paulo/SP, foi quando comecei a me interessar pelo trabalho que eles estavam fazendo, acho que muito disso se deveu as letras das canções que eles escreviam. Eu estava numa fase de mudança pessoal e acabei me identificando com os assuntos da banda, o que começou a gerar uma aproximação, mas ainda em um nível mais sentimental. E foi aí que eles pegaram a estrada e acabei ficando meio sozinho, estava terminando minha faculdade e na época não achava que tinha motivos pra largar tudo e vir com eles, como disse antes, não éramos amigos. Passado esse primeiro ano que eles estavam aqui (em São Paulo), eu terminei meus estudos e decidi que no outro dia viria atrás deles pra ver “qual era”. Depois de vir pela terceira vez, pois não conseguia me decidir, acabei ficando de vez. Arrumei um emprego em uma Luthieria de violões e fiquei lá por uns quatro meses até que um dia “chutei o balde” e falei para os guris em uma reunião: “Não vim aqui pra trabalhar com outra coisa que não seja o VOZ”. Acho que eles se assustaram na hora, pois o grupo não tinha condições de sustentar um funcionário, mas disse pra eles que não era por dinheiro e sim pelo trabalho, lembro que até chorei na hora! (risos)
Como não teve outro jeito, acabamos ficando juntos e comecei a acompanhar o grupo por essas estradas, até que um dia estava tão dentro da coisa e quando menos percebi já estava dividindo o palco com eles.

Michelle: Quais foram às influências musicais que teve o Grupo VOZ?
Douglas: Acho que as influências do grupo foram diversas, diria que principalmente coisas com arranjos bem elaborados eram o que mais chamavam a atenção. Não saberia dizer precisamente nomes que influenciaram cada um, mas com certeza, foram do samba até a música clássica. Particularmente, me criei ouvindo meu pai escutar música sertaneja, música gaúcha, jovem guarda, sei lá, foram tantas coisas, até música boliviana (risos)... Já por conta própria fui para outro lado, minha primeira aquisição musical foi uma fita cassete do Rap Brasil, adorava aquilo, acho que até hoje sei cantar as músicas. Mas no geral, sempre tive uma queda para o lado do rock, mas também gostava muito das musicas gaúchas, ou algo mais da terra, como um Almir Sater por exemplo. Hoje em dia procuro ouvir de tudo, uma vez fiz uma pesquisa musical sobre os melhores álbuns brasileiros da história e descobri que esse era o caminho, tinha que estar aberto pra tudo. 
Michelle: Qual é o público do Grupo VOZ?
Douglas: Sempre nos perguntamos isso e nunca foi fácil chegar a uma resposta. Depois de ter rodado esse Brasil, ficou ainda mais difícil saber isso. Pessoas jovens, crianças, adultos, os mais velhos, todos sempre chegam pra falar com a gente, elogiando o trabalho sempre com muito carinho e respeito. Mas, eu arriscaria um palpite pra não ficar em cima do muro, acho que é bem dividido entre mulheres e homens e que a maioria estaria numa grande faixa dos 18 aos 45 e independe de classe social.

Michelle: Quando vocês estão em um palco, como se sentem?
Douglas: Sempre muito feliz com esse o momento, sempre procuramos fazer o melhor em qualquer tarefa que temos pra realizar, mas ali no palco temos que dar o máximo o tempo todo, é o momento onde há uma troca de energia muito mais direta com o público, estamos ali olho no olho, fazemos parte de uma mesma coisa. É difícil descrever exatamente, com certeza existe ansiedade, aquele friozinho na barriga, mas quando começamos a primeira nota do show parece que tudo se transforma. É muito especial estar ao lado dos meus amigos ali em cima do palco, hé uma conexão e uma cumplicidade muito grande, um tem que fazer parte do outro. O tempo não parece que tem a mesma relação de um dia normal, tem horas que estamos ligados em todos os detalhes, como se o tempo fosse mais devagar, mas ao mesmo tempo, quando vê já terminou tudo e estamos abraçados no final.


Michelle: Novos projetos?
Douglas: Sim, diria que sempre... Acho que esse é o caminho. Atualmente estamos fazendo novas gravações no nosso estúdio e pretendemos lançar alguns vídeos dessas gravações. Também temos um segundo disco pra lançar em breve. Mas o VOZ é assim, cada dia é um novo projeto.

Michelle: Uma mensagem final aos nossos leitores...
Douglas: Primeiramente, gostaria de agradecer a todas as pessoas que estão sempre acompanhando e incentivando o Grupo VOZ, dando a força necessária para nos levantarmos todos os dias e continuarmos nessa estrada sempre com muita alegria. E também dizer que devemos prestar mais a atenção em nós mesmos, nos descobrir mais a cada dia, porque como pessoas, somos um mundo incrível e infinito a ser explorado. E que todos conheçam a sua própria VOZ. Um grande abraço!





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7 comentários:

  1. Sou fãs desses caras!! Demais!!!

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  2. Olá, Luciane! Também sou fã deles!!!! Eles são demais!

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  3. Fui procurar mais a respeito do Grupo VOZ por causa desta entrevista... demais, galera!!

    Lembra muito a sonoridade da minha infância e adolescência. Curti muito.

    Parabéns ao Grupo, pelo trabalho bonito, e à Michelle pelo Blog que está "massa" hehehe

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  4. GRUPO VOZ: "INTERFERE, ENCANTA E MODIFICA"!

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  5. Parabéns ao Grupo Voz, vocês são o máximo.

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  6. Jota John! Obrigada! Fico feliz que essa publicação tenha feito uma conexão para você conhecer o Grupo VOZ! Eles são muito bons!

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  7. Concordo plenamente com você, Valéria! Eles são geniais.

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