sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O Grande Cão Celeste - Canis Major

Fonte: bopmyspace.com

Cão Maior ou Canis Major é uma constelação do hemisfério celestial sul.  É a constelação que contém a estrela mais brilhante do céu noturno e mais próxima da Terra, Sirius. Sirius é bastante semelhante ao Sol em tamanho e luminescência. A constelação de Cão Maior é integrante do Ciclo de Órion.
Os gregos diziam que este cão era um dos que seguiam o caçador mitológico Órion em suas caçadas. O Cão Maior era tão forte e veloz que podia apanhar qualquer e animal. 
Em si, Cão Maior não é tão rodeada de lendas quanto sua estrela alfa, Sirius.
O termo Sirius deriva do latim sīrius e do grego σείριος (seirios, "brilhante").
Os antigos Egípcios chamavam essa estrela  de Spodet (do grego: Sothis). O hieróglifo de Sothis é uma estrela e um triângulo. Sirius tinha relação com a deusa Ísis, relativo ao período de setenta dias da passagem de Ísis e Osíris pelo tuat, o submundo egípcio. Ainda para esse povo, essa estrela demarcava épocas. Quando Sírius aparecia no horizonte antes do nascer do sol, significava que era época das cheias do Nilo, de grande importância para agricultores que viviam ao longo do rio, já que as cheia traziam o lodo que tornava as terras férteis.

 

Observando a aparência de Sirius, os antigos gregos, podiam saber se o verão seria quente e seco. Foi constatado que essa estrela cintila mais nas condições meterológicas instáveis do início do verão. Os gregos acreditavam que esse brilho emanava influências malígnas (como plantas murcharem, enfraquecimento dos homens e estimulo do desejo nas mulheres). As pessoas que sofriam com os efeitos de Sirius, eram chamados de astroboletos ou atingidos pela estrela.
A estação seguindo a aparição da estrela foi chamada de Dias de Cão do verão. Os atenienses marcavam o Ano Novo através do aparecimento desta estrela.
Conta-se que os habitantes da ilha de Ceos no Mar Egeu, sacrificavam animais em honra a Sirius e Zeus, como pedido de benção para trazerem brisas refrescantes enquanto aguardavam a aparência com que a estrela resurgiria no verão seguinte. Caso ela aparecesse fraca, então seria indício de pestes, do contrario, traria boa sorte.
No século III antes de Cristo, moedas eram talhadas com desenhos de cães ou estrelas cercados de raios, enaltecendo a importância de  Sirius.
O povo romano celebrava o poente helíaco de Sírius, imolando um cão com incensos, vinho e um carneiro em honra a deusa Robigalia, para que a ferrugem não assolasse as plantações de tigro.



O cientista Ptolomeu de Alexandria mapeou estrelas nos livros VII e VIII do Almagesto (um tratado de astronomia escrito no século II), no qual utilizou Sirius como a localização para o meridiano central. Ele a descreveu como uma das seis estrelas vermelhas. Entre outras estão Arcturus e Betelgeuse.
Para os antigos polinésios, as estrelas tinham importância para a navegação entre as várias ilhas e atois no Oceano Pacífico. Quando estavam baixas no horizonte, elas agiam como bússolas estelares para ajudar navegantes a traçar cursos para alguns destinos. Além disso, as estrelas tinham função de marcadores de latitude. A declinação de Sirius, por exemplo, alinha-se com a latitude do arquipélogo de Fiji e passa sobre as ilhas todas as noites.
Quando Sirius marcava o verão para os gregos, para o povo Maori, o qual nomeou Takurua tanto a estrela quanto a estação, anunciava um inverno frio.



Fontes:

http://www.astrosirius.com.br/aestrela.htm
http://astronomy-br.blogspot.com.br/2011/12/constelacao-de-canis-major-o-cao-maior.html


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