se o dia acabar amanhã
que seja comendo chocolate
depois de passar a noite olhando estrelas
e decodificando o mistério da matéria escura
misturada aos filamentos de luz, gás e poeira
enquanto se é lembrado um antigo conto cherokee
contado por um avô que nunca existiu
mas que se faz presente com seu cachimbo
e seu sorriso maroto.
que seja comendo chocolate
depois de passar a noite olhando estrelas
e decodificando o mistério da matéria escura
misturada aos filamentos de luz, gás e poeira
enquanto se é lembrado um antigo conto cherokee
contado por um avô que nunca existiu
mas que se faz presente com seu cachimbo
e seu sorriso maroto.
se for para acabar amanhã
que seja rindo para a solidão
e abraçando a tristeza
pra mostrar pra elas
que o afeto supera rótulos e energias.
se for para se ir amanhã
que seja enquanto se lê um poema de amor
daqueles que faz Drummond chorar de emoção
daqueles que faz a gente ter certeza que para todos existe
um pé de sapato velho à espera e
uma sintonia única.
que seja para ter certeza que o amor existe
mesmo que ele exista apenas em um poema.
se amanhã for o fim
que seja depois de ter orado e pedido perdão
a esse corpo que aturou tanto pensamento
desconexo
que seja pra dizer gratidão a esse corpo
que ensinou a sentir e se tornou a caixinha
de inúmeros desejos.
se amanhã for o último dia
que seja depois de tomar um suco de laranja bem doce
pra lembrar depois da vida
se tiver vida depois dessa
que há doçura no mundo
nem que seja no paladar.
se amanhã for o respiro final
que seja depois de consultar
memórias felizes
de amigos, de família, de conquistas
lembrar que existem coisas boas
mesmo que o bom seja apenas uma ilusão.
se o dia acabar amanhã
que seja depois de ter andado
pela natureza
pra retornar às raízes
e sentir a própria natureza
nem que seja isto a primeira e única vez.
se for pra acabar
que seja em pleno amanhecer
pra lembrar de amanhecer
mesmo que o dia acabe (...)
(Michelle C. Buss, do livro "Sal, topázio e mercúrio")
que seja rindo para a solidão
e abraçando a tristeza
pra mostrar pra elas
que o afeto supera rótulos e energias.
se for para se ir amanhã
que seja enquanto se lê um poema de amor
daqueles que faz Drummond chorar de emoção
daqueles que faz a gente ter certeza que para todos existe
um pé de sapato velho à espera e
uma sintonia única.
que seja para ter certeza que o amor existe
mesmo que ele exista apenas em um poema.
se amanhã for o fim
que seja depois de ter orado e pedido perdão
a esse corpo que aturou tanto pensamento
desconexo
que seja pra dizer gratidão a esse corpo
que ensinou a sentir e se tornou a caixinha
de inúmeros desejos.
se amanhã for o último dia
que seja depois de tomar um suco de laranja bem doce
pra lembrar depois da vida
se tiver vida depois dessa
que há doçura no mundo
nem que seja no paladar.
se amanhã for o respiro final
que seja depois de consultar
memórias felizes
de amigos, de família, de conquistas
lembrar que existem coisas boas
mesmo que o bom seja apenas uma ilusão.
se o dia acabar amanhã
que seja depois de ter andado
pela natureza
pra retornar às raízes
e sentir a própria natureza
nem que seja isto a primeira e única vez.
se for pra acabar
que seja em pleno amanhecer
pra lembrar de amanhecer
mesmo que o dia acabe (...)
(Michelle C. Buss, do livro "Sal, topázio e mercúrio")
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Evoé
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