sexta-feira, 19 de maio de 2017

quântica poética

Ao som das esferas celestes, de estrelas que se debatem e trincam no movimento inconstante constante do nascimento de uma supernova: dança cósmica de ancestrais-novos deuses. Me encho de universo, e por um instante tudo suspende. Trago a tinta das estrelas nas palmas de minhas mãos enquanto me descubro poema. Em meus olhos, o verso de galáxias além sol e dessa própria terra.
Poesia... poesia. Esse coração que se desperta em supernova, que desperta em amanhecer. Esse meu coração que bate em poesia. Te descubro, me redescubro: um poema em constante pulso.
Além de qualquer átomo meu, por toda geometria do meu DNA, em toda minha carne, o sopro que me faz vida é o poema. Energia dimensional que movimenta astros, minha supernova que jamais morre e me faz (r)existir.
Em todos os tempos e em toda atemporalidade, nos meus silêncios, nas estações que ficam entre as estações, toda vez que meus olhos abrem um novo dia, toda vez que minha água interior é maré nos meus olhos. Toda vez que entendo o amor, toda vez que o amor me acende, toda vez que me percebo amor.
Em tudo, em todos, em cada recanto dos multiversos interiores e desse próprio mundo: poesia.
Te descubro, poema em constante pulso, me descubro.

(Michelle C. Buss)

Nenhum comentário:

Postar um comentário