sábado, 2 de outubro de 2010

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O sangue resvala
e o negro transmuta a luz das tardes
Feridas abertas, que me são gentis, partem
e teu olhar glorifica-te belo em meus olhos
Minha memória reacende os passos fugazes,
lâminas vorazes, e o latejar de teus vermelhos lábios
Desejo teu corte e teus desígnios, a sutileza de teu escárnio,
e a beleza que se perdera, outrora tão nítida

Cabem-me ainda, porém, carinhos fátuos:
O áspero que se parece aos outros belo

Partes malditas que evaporam nas vidraças - exprimindo,
ao final, um doce pesar lancinante
O gentil afago, paciente,
Sonho vago de um prisma de multimatizes
(de gloriosas almas)
Tão longínquas galáxias


(Anna Carolina Magagnin)

Para mais escritos: http://lampejosmalditos.blogspot.com/

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