sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Monstros

Já não há monstros suficientes no mundo?
No entanto, criam-se novos a cada dia.

O enfermo mimado...
O normal violado...
O desvalido embrutecido...
O provido viciado...
Os parasitas corrompidos...
Os ingênuos lubridiados.

Tantos e todos endoidecidos
por suas vaidades feridas
suas ânsias descabidas
seus medos diminuídos
seus dons irreconhecidos
seus criadores entorpecidos
seus sonhos destruídos.

Já não há tantos monstros no mundo?
Mas eles continuam a pulular
qual praga ignota
que não se pode enfrentar.


(Adriane Dias Bueno)


Para mais poemas  -  http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=85076


4 comentários:

  1. Gostei demais do poema. o medo dos nossos monstros sempre acompanhou as nossas imaginações mais férteis na nossa vida. E monstros pode ser entendido metaforicamente, o que deixa riquíssima a interpretação do poema.

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  2. oi Michele, obrigado pela sua visita no meu blog, autorizo sim postar meu texto no seu blog. Ficaria muito feliz e honrado.

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  3. Oi Michelle! Belo poema! Ei, não perca o Exercite sua mente: http://exercitesuamente.blogspot.com no dia 19/02, pq é o meu aniversário e eu estou preparando uma coisinha especial...

    Beijinhos,
    Myrla

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