quarta-feira, 23 de abril de 2014

TRANSITÓRIA

A vida é uma rosa que o tempo despetala.
Prefiro comer caqui fora de época
enquanto soa o sino antigo em um haikai.
Minha casa é um templo de mutações
ornada por lírios,
nadeshikos e violetas.
Uma casa fora das horas
porque o I Ching me contou,
um dia enquanto me confundia a poemas,
que a mesma rosa que o tempo despetala
não morre, mas renasce
na lua nova de maio
a cada ciclo da existência.

(Michelle C. Buss)


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