quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Paquetá

Navegando naquelas águas tensas
Vales e cristas deixam o seu rastro
Meu coração suplica, eu me alastro,
Gozo, ignoro comoções detentas

Da proa, se vislumbra já a ilha
Não há carros, cavalos há nas ruas
Crianças brincam e mergulham nuas
Homens morenos guardam a baía

Voam gaivotas brancas e perenes
Pescadores se lançam em suas redes
Ao longe, ouve-se alguma canção

Quando cai a noite, rangem os gonzos
Se recolhem ou partem, meio zonzos
Os ilhados que habitam e os que são


Amanda Gomes



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Evoé
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