sábado, 5 de março de 2011

DO SONO

Anjos de lunar índigo na fronte
Adentram pela madrugada insólita…
Ebulições oníricas vagueiam pelas paredes do quarto
Em calidoscópios luminescentes.
Meus olhos se perdem no disforme das imagens
Enquanto um véu de energia transpassa
De ponta a ponta…
Dourado, lilás, sutil.
Como se eu estivesse preso
Em uma esfera de vidro,
Em outro tempo, em outro espaço.
De ritmo lento, morno, suave
Tal qual meu batimento cardíaco.
A cada inspiração mais longe vou…
Os lobos uivam em luares argentos,
E chuvas estelares molham
A textura do céu…
De ritmo lento -
Mais longe, mais longe estou -
A cada inspiração,
Enquanto caio em sono profundo.



(Michelle C. Buss)


Para mais poemas - http://eadrom.wordpress.com/



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Um comentário:

  1. Nossa, Mi, (já me sinto íntimo) adorei o poema, cheio de imagens que, na junção com as palavras, formam sentidos inimagináveis. parabéns.

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