segunda-feira, 7 de maio de 2012

Talentoso, Original e Místico: Gustav Holst


Gustavus Theodor von Holst, conhecido como Gustav Holst, foi um renomado músico e compositor inglês. Por influências paterna, Holst era filho de um pianista de remota origem suéca, desde muito cedo adentrou no universo da música.
De um talento notável e grande originalidade, Holst era dono de um espírito curioso que o conduziu a interessar-se por diversos assuntos relacionados a civilizações orientais, literatura védica e misticismo.
Entusiasta de temas das ciências ocultas, ele chegou a confeccionar diversos mapas astrais para seus amigos. Holst acreditava em forças supra-humanas e tinha fascínio por religiões orientais, especialmente nas doutrinas do dharma e reencarnação. 
Sua principal obra, "Os Planetas", foi uma criação resultante dos seus estudos astrológicos e místicos. Não se trata de uma obra ortodoxa, sua estrutura não obedece aos padrões convencionais. É na verdade uma série de perfis sonoros dos planetas. Segundo o compositor, "Os planetas" é: "as sete influências do destino e componentes de nosso espírito."
"Os Planetas" constituem uma suíte em sete partes, cada uma corresponde a um planeta do Sistema Solar, exceto a Terra. Mas essa correspondência não tem uma relação com fatos astronômicos, mas com um sentido mais mitológico e astrológico.

OS PLANETAS:

Marte, O Portador da Guerra: é o primeiro movimento (a ordem não obedece rigorosamente a distância em relação ao Sol). A música tem um clima bélico e enérgico, é impulsiva, marcada por uma ferocidade. A face sombria, implacável de Marte produz sensação de medo. Coragem e poder são características do arquétipo desse planeta, todavia, quando desregrada gera violência, confronto, ira. 

Vênus, A Portadora da Paz: de andamento lento, o clima idílico é construído por um motivo inicial  em solo de trompa. É um contraste e uma resposta ao ímpeto de Marte. É de uma melodia evaporante, é possível sentir uma atmosfera feérica, irreal e onírica. 

Mercúrio, O Mensageiro Alado: é o terceiro movimento.  Trata-se de um scherzo, com sonoridades aéreas da flauta e da celesta. De textura alegre, a melodia carrega consigo a mensagem vinda de outros mundos. Mercúrio representa a consciência humana, o intelecto, a habilidade de nos comunicarmos e a busca pelo conhecimento.

Júpiter, O Portador da Alegria: É um tema retumbante, vibrante, animado entrelaçado com trechos solenes, hínicos e masjestosos. Esse movimento de "Os Planetas" tem uma estrutura que lembra a célebre Marcha Pompa e Circunstância nº 1, de Elgar. Representa o impulso para instrispecção a nível filosófico e religioso. É a "mente superior" no homem, não como razão pura, mas como sabedoria inata.

Saturno, O Portador da Velhice:
É o quinto movimento. Principia serenamente sombrio e apenas ao final retorna a paz e tranquilidade. Saturno na astrologia mostra onde podem ser encontrados os maiores desafios e onde podem ser aprendidas as lições mais desafiadoras.

Urano, O Mago: sensação de medo e mistério se diluem nesse movimento. O início da música expressa o impulso para ser único, surpreender. O grandioso tutti representa o que talvez seja a maior influência de Urano: o despertar da consciência. Urano é considerado o gênio criador, a independência, a originalidade.

Netuno, O Místico: é o sétimo e último movimento. Sublimemente poético, essa música é carregada de matizes e nuances de extrema suavidade e fluidez. Harmonias misteriosas e um coral de vozes femininas fazem parecer “música de outro mundo”. Essa obra representa os desígnios de Netuno: s influências não materiais, os sonhos, o espiritualismo.






Fontes:
http://www.gustavholst.info/
http://www.deldebbio.com.br/2011/07/22/gustav-holst-e-os-planetas-2/

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário