sábado, 11 de dezembro de 2010

FLOR DO TEMPO

E é nas horas mais mortas
Em meio a madrugadas insones
Que minhas insônias me levam até a ti…
E eu me perco em sonhos tolos,
Um quadro de emoções loucas,
E um desejo de sentir teu perfume…
Longe, longe de mim tu estás…
Uma distância imensurável nos separa…
Mas aqui no meu peito,
Eu sinto teu calor queimar,
Misturado ao meu pulsar.
As sombras de meu quarto
Dançam tontas
Provocando ânsias de ver teu rosto
E uma vontade ardente de sentir tua respiração.
O cheiro de jasmins incendeia no silêncio…
A noite é tão longa…
Eu sou a flor branca que desperta na madrugada,
Que deseja e deseja fugir desses fantasmas do tempo,
Quebrar distâncias
E assim me aninhar em teus braços.
Quanta espera a saudade ainda resiste?
Amor e dor inundam minha alma.
Uma busca delirante pela cor tão pura dos teus olhos
Vibra em cada fragmento da minha pele.
Eu sinto falta das minhas mãos nas tuas,
Do teu sorriso solto, tão teu…
Sombras de momentos tão doces
Rondam minha mente…
Um desejo, uma saudade alucinante,
Um sentimento que não tem fim.
E nesse jogo de penumbras da noite,
Só me resta fechar meus olhos
Reviver histórias que o tempo teima murchar.
Enquanto uma pétala morre,
Uma lágrima cai.

(Michelle C. Buss)


Para mais poemas - http://eadrom.wordpress.com/


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