domingo, 14 de agosto de 2011

Pai


Pai, é uma palavra oriunda o latim 'patre', conforme consta estudos de etimologia. Pode ser chamado também de genitor, progenitor ou ainda gerador. Ele tem como representação a figura masculina de uma família e, é também responsável por assumir o primeiro grau de uma linhagem.
Já para psicologia, que adrentra no campo dos arquétipos e símbolos, segundo a psicoterapeuta Maureen Murdock, “O PAI como arquétipo está carregado com o poder e o privilégio de um Rei, Protetor, Sacerdote e até mesmo Deus nas famílias e sociedades há milhares de anos. A lei, a ordem e a hierarquia são corporificadas pelo arquétipo do Pai, assim como a promessa de proteção, sustento e identidade. Uma manifestação positiva do arquétipo do Pai é o ‘rei sábio’, em torno de quem gira o reino (sua família). Como Salomão, do Velho Testamento, o rei sábio utiliza seu poder com justiça e compaixão e nutre os que o rodeiam. [...]. A manifestação negativa do arquétipo do Pai, por outro lado é o ‘rei patriarcal’, que exerce seu poder de modo rígido e injusto. Ele governa o reino (sua família) de maneira autocrática, invocando o medo e exigindo total obediência e lealdade. Como o rei Herodes, do Novo Testamento, o rei patriarcal é um tirano, aniquilando qualquer um que ameace a sua autoridade”
Fato, a palavra pai e o título pai carregam todo esse universo contido, desde a descrição etimológica até a descrição arquetípica, tanto pelo aspecto positivo e mesmo negativo. Afinal, seja a palavra, seja o título, não há como negar a força misteriosa que perneia neles.
Levando para o lado racional de tudo, é de se espantar que é atribuido a um simples ser humano tal força.
A figura do pai se faz presente na nossa história como espécie, no desenvolver da nossa sociedade e está no nosso dia-a-dia, seja num traço psicológico que dele herdamos, seja num símbolo, seja como aquela pessoa que constitui nossa família. Essa figura - incorporada por um humilde trabalhador ou um abastado magnata - surte tamanho poder e é envolta, diria eu, por uma certa magia.
Essa figura é tudo aquilo que é extraído da etimologia da palavra, mais a significação dos arquéticos, adicionada a expirências pessoais. Entretanto, suspeito eu, que essa força mágica é devida a questão de PAI estar profundamente alinhado a AMOR e tudo aquilo que dele advém.
Difícil não pronunciar essa palavra, não projetar sua imagem sem que sintamos amor, sensação de proteção, carinho e segurança. Porque realmente pai é isso! Aquela pessoa que toma em suas mãos um poder gigantesco para transcender em amor, para proteger seus filhos e por fim, mesmo com puxões de orelha ao longo do caminho, ver estampado no rosto daquele ser que ele participou da geração a felicidade em forma de sorriso.




(Imagens retiradas do site Google)

Fonte:

MURDOCK, Maureen.“A Filha do Heroi - Mito, História e Amor Paterno”. Summus Editoria: 1997, pg. 107. 

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