segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Senhora do Oriente: Zenóbia - Guerreiras, Cap. 7


 "Ela tinha pele morena . . . Seus dentes eram brancos como pérolas, e seus grandes olhos negros brilhavam como fogo, suavizados pelo mais atraente encanto. Sua voz era forte e harmoniosa. O entendimento brioso dela era fortalecido e adornado pelo estudo. Não desconhecia o latim, mas era igualmente perfeita nas línguas grega, siríaca e egípcia."

Assim conta o historiador Edward Gibbon sobre Zenóbia, poderosa rainha de Palmira (Síria).

Zenóbia, filha de um rico mercador árabe, nasceu na cidade de Palmira - cidade do deserto localizada na atual Síria - sob o nome de Septimia Bat Zabbai. Casou-se com Odenato, nobre palmiriano, cônsul de Roma e governador de todo o Oriente. Com o decorrer do tempo Odenato intitulou-se "rei dos reis" devido seu tamanho poder.
Ao lado da sagaz e brilhante esposa ganhou fama e lealdade de seus súditos. Entretanto, em 267 a. C, no ápice de sua carreira, Odenato e seu herdeiro foram assassinados. Dessa forma, a rainha corajosamente assumiu a posição do marido, já que seu fillho (Vaballathus Athenodorus,) era ainda muito novo.
Devido suas virtudes guerreiras, admistrativas e intelectuais, em pouco tempo Zenóbia transformou Palmira em uma brilhante capital no Oriente Médio. A bela rainha tinha paixão pelo conhecimento, assim, era comum vê-la rodeada de filósofos. Um de seus conselheiros era o filósofo e retórico Cássio Longino — intitulado como “uma biblioteca viva e um museu ambulante”. 
Utilizando de suas habilidades administrativas e militares, e da posição geográfica de Palmira (localizada no cruzamento vital de rotas de caravana entre Roma e Pérsia), Zenóbia tinha em suas mãos o domínio dos persas, façanha que conseguira junto a seu marido; e dos romanos, que estavam abalados devido invasões de povos bárbaros. 
No ano de 269 a.C., Zenóbia então viu a oportunidade de expandir seus poderes régios dominando o Egito. Ela posicionou suas tropas no país, proclamou-se rainha e cunhou moedas com seu nome. Seu reino, por fim, estendia-se do Nilo ao Eufrates.
Guiada por esses fatos, a rainha decidiu desvencilhar-se completamente de Roma (laços que mantinha ainda da época que seu marido era Cônsul). Zenóbia governou um império fundamentado na tolerância, em vez da perseguição. Sua côrte era conhecida pelos atributos da beleza, extravagância de riqueza e intelecto. E seu Império por ser próspero e sólido.
Todavia, seu reinado não teve vida longa. Cinco anos após ter consolidado seu Império, o imperador romano Aureliano a derrotou. Para demonstrar sua consquista, Aureliano desfilou com a rainha pelas ruas de Roma e após isso libertou-a.
Anos depois, Zenóbia uniu-se com um senador romano e se recolheu, rodeada de luxo, a uma vila em Tibur, atual Tívoli na Itália.



 A próxima grande guerreira a ser aprensetada será Joana d’Arc.

(Imagens retiradas do site Google)

Fontes:

http://www.ahistoria.com.br/biografia-zenobia/

http://www.opusculo.com/pt/zenobia-a-rainha-guerreira/


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