segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Poema dos Opostos


Você me congela
e eu me derreto.


Você me apela
e eu me esqueço.


Você me atropela
e eu me acabo.


Você me seca
e eu me enterro.


Você me acompanha
e eu me devoro.


Você me entrega
e eu me condeno.


E eu... e eu te peço um abraço
e você me foge pelos meus braços.
Enquanto, imploro um pedaço de consolo
e você me esquece na imensidão do espaço.


E depois de tudo, eu ainda com o resto
das forças; sussurro esse simples gesto: te espero.


(Eduardo Nagais)



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