quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O DIA QUE FICOU PARA SEMPRE

Como a fluidez do brilho da lua
Que escorre por minhas mãos.
Ao som orquestral de grilos
No além da janela,
No além do vento que transpõe cortinas.
O verbo que foge dos lábios
Para pulsar febril nos olhos.
Prendo em fração de instantes
As tuas cores na minha memória,
Teu gosto se mistura ao tato dos meus lábios.
E me sinto viva,
E me sinto tua…
O perfume de jasmins da noite confunde-se,
Confunde-me ao teu cheiro.

Apenas hoje permito-me…
Envolvida por teu abraço.
Na sideral confluência de emoções
Que agitam meu ser,
Das salas de minha alma
Ao céu de minha boca.

O depois é um tempo que não existe…
E o medo não tem espaço,
No espaço que nos interliga,
De nossos corpos, lado a lado,
Acolhidos pela maciez da relva.

Constelam-se anseios em mim.
A noite sussurra canções
De línguas que nunca antes ouvi.
Fecho meus olhos,
Entrego as horas a eternidade,
Ao teu lado até que as estrelas brilhem mais forte,
Deste dia que ficou para sempre.

(Michelle C. Buss)


Para mais poemas, acesse: http://eadrom.wordpress.com/


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